A suplementação de cálcio durante a gestação ganha ainda mais destaque nas recomendações do Ministério da Saúde como uma estratégia essencial para prevenir a eclâmpsia, complicação grave caracterizada por convulsões e riscos elevados tanto para a mãe quanto para o bebê.
A decisão segue diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda a ingestão diária de pelo menos 1.500 mg a 2.000 mg de cálcio para gestantes com baixa ingestão desse mineral na dieta.
A eclâmpsia é uma forma grave de pré-eclâmpsia, condição marcada por pressão arterial elevada e presença de proteína na urina. Os sintomas incluem inchaço excessivo, dor de cabeça intensa, alterações visuais e dor abdominal. Sem intervenção adequada, a doença pode resultar em parto prematuro, sofrimento fetal e até mesmo óbito materno.
O cálcio desempenha um papel crucial na regulação da pressão arterial e na prevenção da pré-eclâmpsia. Estudos apontam que a suplementação adequada reduz significativamente os riscos, principalmente em mulheres com dietas pobres nesse nutriente.
Fontes naturais de cálcio, como leite, queijos, iogurtes, folhas verde-escuras e peixes como sardinha, devem fazer parte da rotina alimentar, mas muitas vezes a ingestão não é suficiente, tornando os suplementos necessários.
Profissionais de saúde ressaltam que o acompanhamento pré-natal é fundamental para monitorar os níveis de cálcio e ajustar a suplementação conforme as necessidades individuais. Além disso, alertam para a importância de uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos leves e controle rigoroso da pressão arterial ao longo da gravidez.
Com a ampliação das recomendações sobre o consumo de cálcio, espera-se uma redução significativa nos casos de eclâmpsia, contribuindo para gestações mais seguras e saudáveis. Gestantes devem buscar orientação médica para garantir que estão recebendo a quantidade ideal do nutriente e prevenir complicações graves.