O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou o calendário de pagamentos do Programa Bolsa Família para 2025. Beneficiários podem planejar o recebimento de valores com base no último dígito do Número de Identificação Social (NIS) presente no cartão do programa. Os pagamentos começam no dia 20 de janeiro e seguem até 23 de dezembro, com datas antecipadas no último mês para que as famílias possam se organizar antes das festividades natalinas.
O programa, que tem como meta a redução da pobreza e a promoção do acesso a direitos sociais, repassa mensalmente ao menos R$ 600 por família cadastrada. Em 2024, o Bolsa Família alcançou aproximadamente 20,8 milhões de famílias com um repasse médio de R$ 682. Para 2025, o governo reforça a importância do cumprimento de condições sociais e educacionais como critérios para o recebimento.
Como funciona o pagamento escalonado?
O calendário de pagamento do Bolsa Família segue uma organização escalonada. Os benefícios são liberados conforme o último dígito do NIS, distribuídos nos últimos dez dias úteis de cada mês. Famílias com NIS terminado em 1 recebem primeiro, enquanto aquelas cujo número termina em 0 recebem por último. Esta estratégia reduz filas e evita aglomerações em locais de saque.
Em dezembro, a liberação ocorre a partir do dia 10, garantindo que todas as famílias tenham acesso aos valores antes do Natal. Além do saque nos caixas eletrônicos, o dinheiro pode ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem, que permite transações online como pagamentos de contas, transferências por Pix e compras virtuais.
Quem pode receber o Bolsa Família?
O programa é voltado para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) cuja renda mensal por pessoa seja de até R$ 218. É necessário manter os dados atualizados a cada dois anos. Além disso, é preciso atender às condições exigidas pelo programa:
- Cumprimento do calendário nacional de vacinação.
- Realização de pré-natal para gestantes.
- Acompanhamento nutricional de crianças até sete anos.
- Frequência escolar de pelo menos 60% para crianças de quatro a seis anos e 75% para jovens entre seis e 18 anos.
Benefícios adicionais e composição dos valores
Além do piso de R$ 600, o Bolsa Família oferece complementos com base na composição familiar. Esses valores adicionais incluem:
- Benefício da Primeira Infância: R$ 150 por criança de até seis anos.
- Benefício Variável Familiar: R$ 50 para cada criança entre sete e 12 anos, adolescente de 12 a 18 anos e para gestantes.
- Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 para famílias com bebês de até seis meses, ampliando a capacidade de alimentação e nutrição.
- Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por membro da família.
- Benefício Complementar: Diferença para atingir o valor mínimo de R$ 600, quando necessário.
- Benefício Extraordinário de Transição: Compensação para famílias que recebiam valores maiores até maio de 2023, garantido até maio de 2025.
O programa Auxílio-Gás é um complemento essencial para as famílias de baixa renda que enfrentam dificuldades no acesso ao gás de cozinha. Ele é pago a cada dois meses e o valor é baseado na média do preço nacional do botijão de 13 kg, calculado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Em 2024, o Auxílio-Gás atendeu 5,5 milhões de famílias, demonstrando seu impacto positivo na manutenção da dignidade dessas pessoas. Para ser elegível, é necessário estar inscrito no Cadúnico e viver em situação de extrema pobreza.
O Bolsa Família é mais do que um programa de transferência de renda; é um pilar fundamental para a promoção da igualdade social. Ao vincular o recebimento dos benefícios ao cumprimento de condições como educação e saúde, o programa incentiva o desenvolvimento humano e contribui para a quebra do ciclo da pobreza intergeracional.
O acesso facilitado por meio do aplicativo Caixa Tem também modernizou a relação entre o benefício e seus destinatários, reduzindo barreiras e ampliando as possibilidades de uso dos recursos de maneira eficiente.