Uma joia da natureza acaba de ser revelada ao mundo. Em uma mina de Botsuana, na África, foi descoberto um diamante de duas cores naturais — uma metade em tom rosa intenso e a outra em branco acinzentado. A pedra, que pesa 37,4 quilates e mede cerca de 24 milímetros, é considerada uma raridade absoluta pela comunidade científica. Segundo o Gemological Institute of America (GIA), trata-se de uma das formações mais incomuns já analisadas, resultado de um processo geológico duplo que desafia explicações convencionais.
O nascimento de um tesouro subterrâneo
Os diamantes se formam a cerca de 160 quilômetros abaixo da superfície terrestre, em uma região do planeta conhecida como manto, onde a pressão e a temperatura atingem níveis extremos. Nessas condições, átomos de carbono se unem de maneira perfeita, criando a estrutura cristalina que dá origem ao diamante.
Com o tempo, e através de erupções vulcânicas profundas, essas pedras são transportadas até camadas mais rasas da crosta terrestre. O que torna o caso de Botsuana especial é o fato de o diamante ter se formado em duas fases distintas, algo raríssimo mesmo na geologia.

Um fenômeno de duas cores
De acordo com os especialistas, a parte rosa da gema provavelmente se formou primeiro, sofrendo deformações estruturais causadas por pressão e calor intensos, o que alterou a disposição dos átomos de carbono e resultou na coloração vibrante. Já a metade branca acinzentada teria se desenvolvido depois, preservando a estrutura original sem alterações significativas.
Esse processo é tão delicado que qualquer variação mínima nas condições geológicas poderia ter destruído o equilíbrio entre as cores. A existência de uma transição nítida dentro de uma mesma pedra sugere uma combinação quase impossível de fatores naturais, o que explica o fascínio que ela desperta entre gemólogos e colecionadores.
Mistério e valor incalculável
Os diamantes rosa estão entre as gemas mais raras e valiosas do mundo — e quando combinados a outra tonalidade natural, tornam-se verdadeiros milagres minerais. O novo exemplar de Botsuana ainda passará por análises avançadas, mas já é apontado como uma das descobertas mais importantes da última década.
Para o GIA, cada detalhe da coloração fornece pistas sobre o passado profundo da Terra e sobre os mecanismos que moldam seus minerais mais preciosos. Não é apenas uma joia: é um fragmento da história geológica do planeta, uma cápsula natural de tempo e pressão.
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