Descubra as partes do corpo humano que não são indispensáveis

A capacidade de adaptação do corpo humano é fascinante. Embora muitos acreditem que determinados órgãos são indispensáveis para a sobrevivência, a realidade pode surpreender. É possível viver sem algumas partes do corpo que, à primeira vista, parecem essenciais, como pulmões, rins e órgãos reprodutivos. Além disso, a remoção de certos órgãos pode até trazer benefícios à saúde.

Pulmões: sobrevivência com um único pulmão

Os pulmões são responsáveis pela troca de gases essenciais à vida, fornecendo oxigênio ao sangue e removendo dióxido de carbono. No entanto, é possível viver com apenas um pulmão. Quando um pulmão é removido devido a doenças como câncer ou infecções graves, o pulmão remanescente expande-se para compensar a ausência do outro.

A capacidade do pulmão restante de expandir-se e aumentar a eficiência de troca gasosa permite que o corpo mantenha níveis adequados de oxigênio e dióxido de carbono. Pessoas com um pulmão podem levar vidas relativamente normais, embora possam experimentar limitações na capacidade de realizar atividades físicas intensas.

Rins: a vida com um único rim

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Os rins filtram resíduos do sangue, regulam a pressão arterial e mantêm o equilíbrio de líquidos e eletrólitos. No entanto, muitas pessoas vivem com um único rim, seja por doação de órgão ou remoção devido a doença.

Quando um rim é removido, o outro geralmente aumenta de tamanho e eficiência para compensar a perda. Esse processo de hipertrofia compensatória permite que o rim remanescente assuma as funções de ambos, mantendo a homeostase do corpo. Pessoas com um rim podem viver vidas saudáveis e normais, embora precisem monitorar sua função renal regularmente.

Órgãos reprodutivos: vida sem útero e ovários

Órgãos reprodutivos, como útero e ovários, são essenciais para a reprodução, mas não para a sobrevivência. A remoção desses órgãos, comum em procedimentos como histerectomia (remoção do útero) e ooforectomia (remoção dos ovários), não impede uma vida saudável.

A remoção do útero e ovários pode ser necessária para tratar condições como câncer, endometriose severa ou fibromas. A histerectomia elimina a possibilidade de câncer uterino e alivia sintomas debilitantes, enquanto a ooforectomia reduz o risco de câncer de ovário. Contudo, a remoção dos ovários induz a menopausa precoce, exigindo monitoramento e possível terapia hormonal.

Apêndice: um órgão dispensável

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O apêndice é frequentemente considerado um órgão vestigial, sem função aparente. Sua remoção, comum em casos de apendicite, não afeta a saúde a longo prazo.

Embora estudos sugiram que o apêndice possa ter um papel no sistema imunológico, especialmente durante a infância, sua remoção não causa impactos significativos à saúde. A cirurgia de apendicectomia é rotineira e segura, permitindo uma recuperação rápida.

Vesícula biliar: vida sem problemas biliares

A vesícula biliar armazena bile, necessária para a digestão de gorduras. Em casos de cálculos biliares ou inflamação, a remoção da vesícula (colecistectomia) é recomendada.

Sem a vesícula biliar, o fígado continua produzindo bile, que é diretamente liberada no intestino delgado. Embora algumas pessoas possam experimentar alterações digestivas temporárias, a maioria adapta-se bem à ausência da vesícula biliar e leva vidas normais.

Baço: suporte ao sistema imunológico sem ele

O baço desempenha um papel no sistema imunológico, filtrando sangue e combatendo infecções. No entanto, é possível viver sem ele, especialmente após traumas ou doenças.

Pessoas sem baço (asplênicas) são mais suscetíveis a infecções, mas podem tomar medidas preventivas, como vacinas e antibióticos profiláticos, para manter a saúde. O fígado e outros tecidos linfáticos assumem parte das funções do baço, ajudando na defesa imunológica.

Estômago: procedimentos bariátricos e vida sem parte do estômago

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Procedimentos bariátricos, como a gastrectomia, removem parte do estômago para tratar a obesidade severa. Viver sem uma parte significativa do estômago é possível e pode melhorar a saúde geral.

A redução do estômago limita a quantidade de alimentos ingeridos, promovendo a perda de peso significativa e melhorando condições associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão. A adaptação envolve mudanças dietéticas e suplementação nutricional.

Cólon: vida após a colectomia

A remoção parcial ou total do cólon (colectomia) pode ser necessária devido a doenças como câncer ou colite ulcerativa. A vida sem parte do cólon requer ajustes, mas é possível.

O intestino delgado pode assumir parte das funções do cólon, absorvendo nutrientes e líquidos. Pacientes podem precisar de uma bolsa de colostomia temporária ou permanente, mas com orientação médica adequada, podem manter uma qualidade de vida satisfatória.

Pâncreas: funções vitais e sobrevivência parcial

O pâncreas tem funções digestivas e endócrinas essenciais. A remoção parcial é possível em casos de tumores ou pancreatite.

Pacientes submetidos à pancreatectomia parcial precisam de enzimas pancreáticas e insulina suplementares para auxiliar na digestão e no controle do açúcar no sangue. Com suporte médico adequado, a vida sem parte do pâncreas é viável.

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