Uma das descobertas arqueológicas mais fascinantes dos últimos anos ocorreu em Petra, Jordânia, sob o famoso Al Khazneh, também conhecido como “O Tesouro”.
Em agosto de 2024, uma equipe de arqueólogos liderada pelo Dr. Pearce Paul Creasman, do American Center of Research (ACOR), em parceria com o Discovery Channel, revelou uma tumba escondida contendo os restos mortais de pelo menos 12 indivíduos, junto com um artefato de cerâmica que lembra o lendário Santo Graal.
Este achado, que tem mais de 2.000 anos, reacendeu o interesse global por Petra, um dos monumentos mais emblemáticos do Oriente Médio e local de filmagem do filme Indiana Jones e a Última Cruzada.
A descoberta não só oferece uma nova perspectiva sobre a civilização dos nabateus, que prosperou nesta região do sul da Jordânia, mas também surpreende por sua rara preservação de restos esqueléticos e objetos de valor histórico. Embora Petra tenha sido extensivamente explorada por arqueólogos nos últimos dois séculos, a descoberta dessa tumba demonstra que este local icônico ainda guarda segredos notáveis.
A tumba recém-descoberta estava escondida sob Al Khazneh, uma das estruturas mais famosas de Petra, conhecida por sua fachada esculpida nas rochas de arenito no século I d.C. O monumento é muitas vezes associado ao lendário Santo Graal devido ao filme Indiana Jones e a Última Cruzada, mas a nova descoberta adiciona uma camada intrigante de mistério. Dentro da tumba, os arqueólogos encontraram um cálice de cerâmica que, segundo Josh Gates, do programa Expedition Unknown, guarda uma semelhança impressionante com o cálice fictício apresentado no filme de 1989.
Embora o cálice encontrado não tenha nenhuma relação com o Santo Graal bíblico ou as lendas medievais, sua semelhança com o objeto retratado no cinema surpreendeu especialistas e entusiastas. “Realmente foi um momento incrível de arte imitando a vida”, comentou Gates. A descoberta do cálice de 2.000 anos, junto com os restos humanos, levanta questões fascinantes sobre as práticas funerárias e a vida dos nabateus.
Uma das características mais notáveis dessa descoberta é o estado de preservação dos esqueletos. De acordo com o Dr. Creasman, os ossos não foram remexidos, o que é extremamente raro em escavações de tumbas antigas. Isso indica que os sepultamentos foram deixados intocados por séculos, fornecendo aos pesquisadores uma oportunidade única de estudar mais profundamente a vida do povo nabateu, conhecido como “O Tesouro”, uma das estruturas mais icônicas do Oriente Médio.
A escavação recente revelou uma tumba escondida que contém os restos mortais de pelo menos 12 indivíduos e um artefato que lembra o lendário “Santo Graal”. Essa descoberta lançou uma nova luz sobre a história dos nabateus, o antigo povo árabe que habitava a região e construiu Petra, uma das mais importantes cidades comerciais da Antiguidade. Petra, que já foi cenário de filmes como Indiana Jones e a Última Cruzada, continua a surpreender arqueólogos e historiadores com seus segredos ocultos.
A escavação de Al Khazneh e o cálice misterioso
Embora Petra tenha sido amplamente explorada ao longo de mais de dois séculos, a descoberta dessa nova tumba em agosto de 2024 é um marco raro e emocionante para a arqueologia. Sob a direção do Dr. Pearce Paul Creasman, diretor executivo do American Center of Research (ACOR), a equipe de escavação, em colaboração com Josh Gates do programa Expedition Unknown, investigou câmaras subterrâneas no lado direito de Al Khazneh, um local antes inexplorado.
O uso de radar de penetração no solo havia sugerido a existência de câmaras adicionais, o que motivou a equipe a buscar autorização do governo jordaniano para continuar as investigações.
O que os arqueólogos encontraram foi surpreendente: uma tumba escondida, contendo 12 esqueletos bem preservados e uma coleção de artefatos, incluindo um cálice de cerâmica que lembra o mítico Santo Graal, popularizado pelos filmes de Indiana Jones. Essa coincidência entre o objeto descoberto e o ícone cinematográfico foi descrita por Josh Gates como um “momento incrível da história imitando a arte”. O cálice, de mais de 2.000 anos, chamou a atenção por sua semelhança com o Graal, criando um fascínio mundial.
Ao contrário de outras tumbas encontradas em Petra, que estavam em grande parte vazias ou com restos parciais, a tumba descoberta sob Al Khazneh continha esqueletos articulados e intactos, uma raridade para escavações desse tipo. Os 12 esqueletos provavelmente pertenciam a indivíduos de alto status social na sociedade nabateia, o que sugere que a tumba pode ter sido usada para enterrar membros da elite ou da realeza local. Segundo o Dr. Creasman, a descoberta desses restos humanos em condições tão preservadas é “extremamente rara” e pode oferecer uma nova perspectiva sobre a vida e a morte no império nabateu.
Acredita-se que os indivíduos enterrados na tumba viveram há mais de 2.000 anos, durante o período de transição entre o domínio nabateu e o início do controle romano sobre Petra. Este período de transformação política e cultural pode ser refletido nas práticas funerárias observadas na tumba. A equipe de arqueólogos espera que a análise detalhada dos esqueletos revele mais informações sobre a saúde, dieta, longevidade e status social dessas pessoas. Ao entender mais sobre os esqueletos e os artefatos, os pesquisadores podem desvendar aspectos da vida nabateia ainda pouco compreendidos.
Petra, uma cidade esculpida nas rochas do deserto, foi a capital do reino nabateu e serviu como um importante ponto de comércio na Rota do Incenso, conectando a Península Arábica ao Mediterrâneo. No auge de sua prosperidade, Petra abrigava mais de 20.000 habitantes e era conhecida por suas estruturas monumentais, como Al Khazneh e o Monastério. A cidade, cujas ruínas agora são Patrimônio Mundial da UNESCO, foi abandonada e esquecida por séculos, até ser redescoberta no início do século XIX.
A nova tumba encontrada em Petra é uma das mais importantes descobertas feitas no local nos últimos anos. Apesar das inúmeras explorações e pesquisas realizadas em Petra, a cidade continua a guardar segredos. Escavações recentes sugerem que muito do que está sob a superfície permanece inexplorado, e essa descoberta prova que Petra ainda tem muito a revelar. Para os arqueólogos, a descoberta de uma tumba tão rica em esqueletos e artefatos é um indício de que ainda há muito a ser aprendido sobre o reino nabateu e suas práticas culturais.
A civilização nabateia: um império sofisticado
Os nabateus eram uma civilização árabe antiga que prosperou entre o século IV a.C. e o século II d.C., com Petra como sua capital. Este povo era conhecido por sua habilidade em engenharia hidráulica, construindo canais e cisternas para armazenar água em uma região desértica árida. Essa inovação permitiu que Petra florescesse como uma cidade próspera e um importante centro comercial. Os nabateus também eram hábeis comerciantes, controlando rotas comerciais de incenso, mirra e especiarias.
O império nabateu eventualmente foi anexado pelo Império Romano em 106 d.C., mas Petra continuou a ser uma cidade importante por muitos anos. A cidade só começou a declinar com o redirecionamento das rotas comerciais e, mais tarde, com os terremotos que danificaram grande parte de suas infraestruturas. Apesar do abandono, as ruínas de Petra permanecem como um testemunho do poder e sofisticação dos nabateus.
A escavação recente liderada pelo Dr. Creasman é apenas o começo do que pode ser uma série de novas descobertas em Petra. Com tecnologias avançadas, como radar de penetração no solo, arqueólogos estão começando a identificar áreas anteriormente inacessíveis ou inexploradas sob as ruínas da cidade. A expectativa é que mais câmaras, tumbas e artefatos sejam encontrados nos próximos anos, lançando nova luz sobre a vida dos nabateus e sua cultura.
A equipe está especialmente interessada em examinar mais profundamente os esqueletos encontrados na tumba. A análise de ossos pode revelar não apenas a idade e as causas da morte dos indivíduos, mas também informações sobre sua saúde geral, hábitos alimentares e possivelmente até doenças que enfrentaram. Além disso, os artefatos de bronze, ferro e cerâmica encontrados na tumba podem fornecer pistas sobre os costumes funerários e as práticas artísticas da época.