Criar o hábito da leitura é uma meta recorrente a cada virada de ano, mas mantê-lo vivo ao longo dos meses costuma ser o verdadeiro desafio. Pensando nisso, o desafio literário para 2026 surge como uma proposta leve, instigante e democrática, pensada tanto para leitores experientes quanto para quem deseja retomar o contato com os livros sem pressão. A ideia é simples: um desafio por mês, com temas variados, criativos e possíveis de cumprir, estimulando a diversidade de escolhas e o prazer da descoberta. Mais do que quantidade, o foco está na experiência, na curiosidade e no encontro entre leitor e texto.
Janeiro: leia um livro publicado no ano em que você nasceu
O primeiro desafio convida a um encontro curioso entre biografia e literatura. Ler um livro lançado no ano do próprio nascimento é uma forma de dialogar com o tempo, perceber temas, estilos e preocupações daquela época e refletir sobre como o mundo mudou — ou permaneceu parecido. Vale romance, poesia, ensaio ou até um clássico esquecido.
Fevereiro: escolha um livro de um autor brasileiro que você nunca leu
Fevereiro é o mês ideal para explorar novas vozes nacionais. O desafio é simples e revelador: escolher um autor ou autora brasileira ainda desconhecido para você. A literatura brasileira é vasta, diversa e cheia de surpresas, indo muito além dos nomes mais presentes nos currículos escolares.
Março: leia um livro escrito por uma mulher
Em março, a proposta é ampliar o repertório a partir de autoras de diferentes épocas, estilos e países. O desafio não impõe gênero literário nem nacionalidade. Vale romance contemporâneo, poesia, ficção científica, não ficção ou um clássico que esteja esperando na estante há anos.
Abril: leia um livro curto, com até 200 páginas
Nem sempre o tempo colabora com leituras longas. Abril propõe uma pausa estratégica: escolher um livro curto, capaz de ser lido em poucos dias, sem culpa ou adiamentos. É um convite para lembrar que intensidade literária não depende de número de páginas.
Maio: leia um livro de um gênero que você costuma evitar
Todo leitor tem zonas de conforto. Maio convida a sair delas. Se você evita fantasia, leia fantasia. Se nunca se interessou por romance policial, dê uma chance. A ideia não é virar fã imediato, mas experimentar e ampliar horizontes literários.
Junho: releia um livro que marcou sua vida
Junho é mês de memória e afeto. O desafio é reler um livro importante da sua trajetória como leitor. A releitura costuma revelar camadas novas, frases esquecidas e sentidos que só o tempo permite compreender. É o mesmo livro, mas outro leitor.
Julho: leia um clássico da literatura mundial
No meio do ano, o desafio aponta para os clássicos. Não importa se é um romance do século XIX ou uma obra fundamental do século XX. A proposta é enfrentar o rótulo de “difícil” e descobrir por que certos livros atravessam gerações.
Agosto: leia um livro ambientado em um país que você nunca visitou
Agosto transforma a leitura em viagem. O desafio é escolher um livro cuja história se passe em um país desconhecido para você. Além da narrativa, o leitor entra em contato com culturas, paisagens, conflitos e modos de vida diferentes dos seus.
Setembro: leia um livro de poesia
Muitas vezes deixada de lado, a poesia ganha protagonismo em setembro. O desafio é simples: escolher um livro de poemas e ler sem pressa, respeitando o ritmo próprio do gênero. Não é sobre entender tudo, mas sobre sentir, ouvir e experimentar a linguagem.
Outubro: leia um livro que dialogue com mistério, suspense ou medo
Outubro convida ao clima de tensão e estranhamento. Pode ser um romance policial, um thriller psicológico, uma história de terror ou um livro que explore o lado obscuro da condição humana. A proposta é sentir o impacto da narrativa e virar páginas com expectativa.
Novembro: leia um livro de não ficção
Em novembro, o desafio aponta para a realidade. Biografias, ensaios, reportagens, livros de história ou divulgação científica entram em cena. A leitura de não ficção amplia repertório, estimula o pensamento crítico e dialoga diretamente com o mundo concreto.
Dezembro: escolha um livro apenas pelo prazer, sem meta ou obrigação
O último desafio fecha o ano com leveza. Em dezembro, vale qualquer livro escolhido unicamente pelo desejo de ler, sem justificativa, sem desafio oculto. É o momento de lembrar que a leitura não precisa cumprir função alguma além de dar prazer.
Conclusão
Ler mais em 2026 não exige metas inalcançáveis nem pilhas de livros intocados. Com desafios acessíveis, variados e pensados para estimular a curiosidade, este desafio literário transforma o ano em um percurso de descobertas. Cada mês propõe uma experiência diferente, reforçando que a leitura é, antes de tudo, um encontro pessoal com a linguagem, a imaginação e o mundo.
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