Homem tirou a própria vida após o crime que vitimou dentista grávida de oito meses e comoveu moradores de Campinas.
A morte de Denise Tizo de Oliveira, de 27 anos, causou forte comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a violência contra as mulheres no Brasil. A jovem dentista, que estava grávida de oito meses, foi encontrada morta dentro de casa, ao lado do corpo do companheiro, Vinícius Franco de Farias, de 29 anos, no último domingo (9), em Campinas (SP).
Segundo a investigação da Polícia Civil, o homem teria atacado Denise com uma faca e, em seguida, cometido suicídio. O casal havia se mudado há poucas semanas para o bairro Jardim Santa Lúcia. Infelizmente, o bebê que ela esperava também não resistiu.
Amigos e ex-colegas de faculdade usaram as redes sociais para lamentar a morte da jovem, descrita como uma mulher “determinada, solidária e inspiradora”. Uma amiga próxima escreveu: “Uma doutora que ensinava a lutar, não se calar e jamais desistir”.
A Faculdade de Odontologia da Universidade Nove de Julho, onde Denise se formou, divulgou uma nota de pesar assinada pelo Centro Acadêmico Alberto Sansiviero e pela Turma XXXIV, repudiando o crime e destacando seu caráter estrutural. “Este crime brutal e covarde é mais um reflexo do machismo que destrói vidas e famílias”, dizia o comunicado.
De acordo com depoimentos do padrasto e do irmão de Vinícius, o relacionamento era marcado por discussões constantes. O Samu confirmou os óbitos no local, e a perícia recolheu uma faca com marcas de sangue e dois celulares para análise. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas como feminicídio seguido de suicídio.
O crime chocou pela violência e por envolver uma vítima gestante, evidenciando mais uma vez a urgência de políticas públicas eficazes de proteção às mulheres e prevenção à violência doméstica, que seguem sendo uma das principais causas de mortes femininas no país.
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