Assembleia Legislativa do Paraná debate criação do Estatuto da Pessoa com Síndrome de Down, que amplia direitos em saúde, educação e inclusão social

Foto: Orlando Kissner/Alep

Alep discute criação do Estatuto Paranaense da Pessoa com Síndrome de Down

Assembleia Legislativa do Paraná debate criação do Estatuto da Pessoa com Síndrome de Down, que amplia direitos em saúde, educação e inclusão social

Assembleia Legislativa do Paraná debate criação do Estatuto da Pessoa com Síndrome de Down, que amplia direitos em saúde, educação e inclusão social

Especialistas, educadores, representantes de Apaes e do Poder Público se reuniram nesta terça-feira (2), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para debater o Projeto de Lei 561/2024, que propõe a criação do Estatuto Paranaense da Pessoa com Síndrome de Down. A iniciativa é da deputada Flávia Francischini (União), primeira vice-presidente da Casa, e já conta com coautoria de outros 25 parlamentares.

O projeto, inspirado no Código Estadual da Pessoa Autista, consolida em um único texto normas e garantias para pessoas com Trissomia 21 residentes ou visitantes no Paraná. Entre os pontos destacados estão a criação de um documento estadual de identificação com laudo permanente, atendimento integral em saúde, educação inclusiva com adaptações curriculares e professores de apoio, além da proibição de recusa de matrícula em escolas. O texto também prevê incentivos para a inclusão no mercado de trabalho e a criação do selo “Empresa Amiga da Pessoa com Síndrome de Down”.

Durante a audiência, o presidente da Alep, Alexandre Curi (PSD), afirmou que o projeto deve ser pautado ainda neste ano, reforçando que será construído de forma dialogada com as entidades. O deputado Gugu Bueno (PSD), primeiro secretário da Casa e coautor da proposta, também destacou que a tramitação terá prioridade.

Defensores do Estatuto ressaltaram a necessidade de preencher um vácuo legislativo que fragiliza direitos das pessoas com T21, principalmente em áreas como apoio escolar e terapias de estimulação precoce. Já vozes contrárias, como a da presidente da Federação Paranaense de Associações de Síndrome de Down (Fepasd), Liana Lopes Bassi, alertaram que a multiplicação de estatutos pode gerar insegurança jurídica e que o desafio maior está em garantir orçamento, fiscalização e políticas públicas efetivas.

O projeto recebeu apoio de entidades como a Associação Reviver Down, o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Curitiba e a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná, além de gestores da Fundação de Ação Social (FAS) e da Secretaria Municipal de Educação da capital. O debate destacou tanto a importância de consolidar garantias quanto a urgência de ações práticas que assegurem o desenvolvimento, a inclusão e a qualidade de vida das pessoas com síndrome de Down.

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Foto: Orlando Kissner/Alep

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