Santa Catarina tem se destacado no cenário econômico nacional com um crescimento de 4,1% nos primeiros cinco meses de 2024. Esse desempenho supera significativamente a média brasileira, que foi de 2% no mesmo período. Tal progresso é impulsionado por um ambiente favorável de crédito às empresas, especialmente através do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que aumentou substancialmente suas contratações no primeiro semestre do ano.
Nos primeiros cinco meses de 2024, o BRDE liberou R$ 873 milhões em recursos, uma subida notável comparada aos R$ 492 milhões operacionalizados no mesmo período de 2023. O aumento de 77% reflete um esforço concertado para melhorar as condições de crédito, diversificando as fontes de recursos e captando no mercado de capitais e parcerias com instituições internacionais.
João Paulo Kleinübing, diretor financeiro do BRDE, destaca a importância dessa estratégia: “O BRDE tem buscado diversificar suas fontes de recursos, incluindo captações no mercado de capitais e parcerias com instituições multilaterais internacionais. Isso visa garantir maior independência e agilidade na oferta de crédito para projetos regionais.”
O setor de Comércio e Serviços lidera as operações de crédito do BRDE em 2024, com R$ 304,6 milhões, correspondendo a 34,8% do total contratado. Este segmento registrou um aumento de 150% na procura por crédito em comparação ao mesmo período do ano anterior, indicando uma recuperação e expansão significativas.
A indústria catarinense também teve um papel crucial, somando R$ 263,6 milhões em financiamentos, aproximadamente 30% do total. Este setor continua a ser uma base sólida para a economia do estado, contribuindo com inovações e aumentos na produtividade que impulsionam o crescimento econômico.
A agroindústria de Santa Catarina experimentou um crescimento extraordinário de 410% em relação a 2023, com R$ 240,9 milhões destinados a projetos de armazenagem e desenvolvimento de agroindústrias. Este aumento robusto reflete a importância crescente do setor agro na economia estadual e sua capacidade de atrair investimentos substanciais.
O setor de Infraestrutura, com R$ 63,9 milhões (7,3% do volume total), também contribuiu para o crescimento econômico. Investimentos em infraestrutura são essenciais para sustentar o crescimento econômico, melhorando a logística e a conectividade dentro do estado.
Em continuidade às ações de apoio, o BRDE está operacionalizando uma nova fase do Pronampe SC, focado em atender micro, pequenas e médias empresas. O programa incluirá juros subsidiados e critérios para incentivar a transição energética sustentável, além de apoiar exportações e facilitar o acesso ao crédito para empreendedores com mais dificuldades.
Kleinübing explica: “O programa vai ter algumas características semelhantes ao que fizemos ano passado, como parte dos juros subsidiados. Também serão incluídos alguns critérios no sentido de impulsionar empresas para uma transição energética sustentável, assim como apoio para exportação de produtos e aos empreendedores com mais dificuldades de acessar crédito”.
Na fase anterior do Pronampe, o BRDE financiou R$ 140 milhões para mais de mil empreendedores em 87 municípios afetados pelas enchentes. Este apoio é crucial para a recuperação e crescimento contínuo das pequenas empresas, que são a espinha dorsal da economia catarinense.
O futuro da economia Catarinense
Os indicadores do BRDE refletem sua habilidade de se adaptar às mudanças e abrir novas oportunidades de crédito para impulsionar empresas, serviços e investir em projetos que promovam sustentabilidade econômica e social. Mauro Mariani, diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do BRDE, destaca: “Os indicadores do BRDE refletem sua habilidade de se adaptar às mudanças, abrindo novas oportunidades de crédito para impulsionar empresas, serviços e investir em projetos que promovam sustentabilidade econômica e social”.
O crescimento de 4,1% registrado nos primeiros cinco meses de 2024 é um sinal claro de que Santa Catarina está no caminho certo. O estado não apenas superou a média nacional, mas também estabeleceu um exemplo de como uma economia regional pode prosperar com políticas de crédito bem-estruturadas e investimentos estratégicos.
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