Com 2.377 casos e 48 mortes por SRAG até abril, Santa Catarina reforça importância da vacinação e cuidados com vírus respiratórios. Crianças e idosos são os grupos mais afetados
O estado de Santa Catarina segue registrando altos números de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até o dia 19 de abril de 2025, foram notificados 2.377 casos e 48 óbitos associados à síndrome, segundo informações do Boletim Epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC).
Entre os agentes identificados, os Outros Vírus Respiratórios (OVR) lideram os registros, com 697 casos, correspondendo a 18,3% do total. Em seguida, aparece a Covid-19, com 217 casos (13,3%), e a influenza, com 166 casos (4%). Os demais casos ainda não tiveram agente etiológico identificado.
No grupo de OVR, o maior impacto é observado em crianças de até 4 anos, que representam 71,6% dos casos, seguidas por crianças entre 5 e 9 anos, com 14,6%. Até o momento, foram confirmados 7 óbitos causados por OVR, principalmente em pessoas com mais de 70 anos.
A Covid-19 tem afetado principalmente os extremos de idade, com destaque para as faixas entre 0 e 4 anos (23,5%) e acima de 70 anos (41,7%). Apesar da redução de mortes ao longo de 2024, 30 óbitos por Covid-19 foram registrados apenas no primeiro trimestre de 2025, sendo a maioria em pessoas acima de 50 anos.
No caso da influenza, a maior parte dos registros ocorre em idosos com mais de 60 anos (38,5%), seguidos por crianças de até 4 anos (19,2%). Foram notificados 8 óbitos relacionados ao vírus influenza, também concentrados em indivíduos com mais de 50 anos.
Regiões com maior número de casos
As cidades com maior incidência de SRAG são Florianópolis, com 459 casos e 15 óbitos, seguida por Itajaí, com 154 casos e 8 óbitos, e Joinville, que contabiliza 121 casos e 5 óbitos.
Prevenção e cuidados
Segundo o diretor da Dive-SC, João Fuck, a tendência de crescimento dos casos reforça a necessidade de manter a vacinação em dia, especialmente nos grupos prioritários, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades, que têm maior risco de desenvolver complicações.
“O inverno ainda não chegou, mas o número de pessoas com doenças respiratórias está aumentando. A principal forma de prevenção é a vacinação. Por isso, é essencial manter o calendário vacinal atualizado”, destacou.
Principais sintomas
A população deve estar atenta aos sinais das doenças respiratórias, que incluem:
- Febre
- Tosse
- Dor de garganta
- Dores musculares ou articulares
- Dor de cabeça
Em caso de sintomas, é recomendado procurar atendimento médico o mais breve possível, especialmente pessoas com fatores de risco, como idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas.
Medidas de prevenção recomendadas
- Manter a vacinação anual atualizada
- Lavar as mãos com frequência
- Utilizar máscara em caso de sintomas
- Evitar ambientes fechados e aglomerações
- Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir
- Evitar tocar olhos, boca e nariz sem higienização
- Manter superfícies limpas, especialmente objetos de uso frequente
- Não compartilhar utensílios pessoais, como copos e talheres
A Dive reforça que a combinação entre vacinação, higiene e cuidados coletivos é fundamental para conter o avanço das doenças respiratórias no estado.
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