Projeto quer instituir cordão de identificação para pessoas com Parkinson

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Mesa-redonda na Assembleia Legislativa debate o uso da arteterapia no tratamento do Parkinson e propõe criação do Cordão de Tulipa como forma de identificação dos pacientes no Paraná.

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná realizou nesta terça-feira (24) uma mesa-redonda dedicada ao tema “Arteterapia e Parkinson: Benefícios e Tratamentos”.

O encontro contou com a presença de representantes da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo (APPP) e teve como objetivo destacar as ações da entidade e discutir formas de apoio institucional.

O deputado Nelson Justus (União), presidente da comissão e responsável pela iniciativa, reforçou a importância de dar maior visibilidade ao trabalho da associação. Ele anunciou a intenção de apresentar um projeto de lei que institui o Cordão de Tulipa como símbolo de identificação de pessoas com Parkinson, facilitando o reconhecimento e o atendimento em diferentes ambientes.

Segundo o parlamentar, a proposta será acompanhada de esforços para a destinação de recursos públicos à entidade, com o apoio da Assembleia Legislativa e do Governo do Estado.

A deputada Cloara Pinheiro (PSD), também presente na reunião, elogiou o papel acolhedor desempenhado pela associação, destacando o envolvimento da equipe em oferecer apoio emocional e incentivo contínuo aos pacientes.

Durante o encontro, especialistas abordaram os efeitos positivos da arteterapia no enfrentamento da doença. A neurologista Renata Ramina explicou que o Parkinson exige uma abordagem multidisciplinar, e que a arteterapia contribui de forma significativa ao estimular funções cognitivas.

O neurocirurgião Maurício Marchiori lembrou que a condição atinge cerca de 1% da população com mais de 60 anos, e ressaltou o valor do trabalho desenvolvido pela APPP no suporte aos pacientes. A psicóloga Roberta Pires reforçou a necessidade de integrar cuidados emocionais aos tratamentos clínicos.

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Os arteterapeutas Ariclê Marques Tosin e Gilmar Alfredo Ribas relataram experiências práticas com os participantes da associação. Segundo Ariclê, o trabalho com arte permite a expressão de sentimentos muitas vezes contidos, promovendo bem-estar e estímulo criativo. Gilmar completou afirmando que a prática ajuda os pacientes a lidar com os desafios emocionais provocados pela doença.

Sandra Salomão, presidente da APPP, aproveitou a ocasião para apontar as dificuldades enfrentadas pela associação. Ela destacou que a principal demanda atual é a conquista de uma sede própria, uma vez que a entidade já dispõe de profissionais e terapias organizadas, mas carece de espaço físico adequado para seu funcionamento.

Além da mesa-redonda, foi inaugurada no dia anterior, no Salão Nobre da Assembleia, a exposição Movimentos da Alma: Arteterapia e Parkinson em Cores, que apresenta obras realizadas pelos participantes da APPP. A mostra também foi organizada com o apoio do deputado Nelson Justus.

O projeto de lei em elaboração propõe que o Cordão de Tulipa funcione como um elemento de identificação visual para pessoas diagnosticadas com Parkinson. A proposta define que o cordão será confeccionado com faixa verde e estampas de tulipas vermelhas, visando sinalizar a necessidade de atendimento prioritário e ações de acolhimento.

O acesso ao cordão dependerá da apresentação de laudo médico, preferencialmente emitido por especialista em neurologia, contendo informações sobre o diagnóstico e possíveis necessidades específicas.

De acordo com o texto do projeto, a iniciativa pretende garantir respeito, visibilidade e reconhecimento aos portadores da doença, tanto em espaços públicos quanto privados.

Mesa-redonda na Assembleia Legislativa debate o uso da arteterapia no tratamento do Parkinson e propõe criação do Cordão de Tulipa como forma de identificação dos pacientes no Paraná.

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