Com alta de 9,24% em relação a 2024, Dia das Mães promete aquecer o varejo com maior uso de cartões, foco em lojas físicas e gasto médio de R$ 249 por presente
A expectativa para o Dia das Mães em 2025 é de forte movimentação no comércio nacional, com projeção de R$ 16,3 bilhões em compras, segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
O número representa um crescimento de 9,24% em comparação com o mesmo período do ano anterior, consolidando a data como a segunda mais relevante do calendário varejista no Brasil.
O levantamento revela que 62% dos consumidores pretendem presentear suas mães neste ano. O valor médio das compras deve girar em torno de R$ 249, um aumento de 8,7% em relação ao registrado em 2024, quando a média foi de R$ 229.
A maioria dos entrevistados (73%) afirmou que pretende realizar suas compras em lojas físicas, mantendo esse canal como o principal ponto de venda para a ocasião. Já as plataformas online aparecem como preferência para 25% dos consumidores.
O recorte de gênero mostra que as mulheres lideram na intenção de compra presencial (76%), enquanto os homens demonstram maior adesão ao e-commerce (28%).
Na hora de pagar, os cartões continuam sendo os protagonistas. Metade dos consumidores deve utilizar cartões de crédito ou débito para efetuar suas compras. Especificamente, 28% pretendem usar a função crédito, e 22%, a função débito. O parcelamento ainda é uma opção atrativa: 67% dos que usarão o cartão de crédito pretendem dividir o valor das compras.
Outros meios de pagamento também foram citados na pesquisa: o Pix aparece em segundo lugar, com 37% das intenções, seguido por dinheiro (31%), boleto bancário (2%) e cartões de loja (1%).
Em relação aos produtos mais procurados, as roupas lideram com 39% da preferência, seguidas por cosméticos, perfumes e maquiagens (25%). Itens para casa, como eletrodomésticos, utensílios e móveis, aparecem com 14%. Flores, relógios, joias, bijuterias e eletrônicos dividem pequenas fatias das escolhas, enquanto chocolates e cestas de café da manhã fecham a lista com porcentagens mais discretas.
Os dados revelam também diferenças no comportamento de compra conforme a faixa etária. Jovens de 18 a 24 anos apresentam a maior intenção de compra (85%) e média de gasto de R$ 269. Entre 25 e 34 anos, o gasto médio sobe para R$ 279, enquanto consumidores entre 35 e 44 anos indicam gasto de R$ 232. A faixa de 45 a 59 anos apresenta média de R$ 219 e, entre os maiores de 60 anos, o valor chega a R$ 242.
O estudo também destaca variações por classe econômica. Consumidores das classes A e B tendem a gastar mais, com média de R$ 295. Na classe C, o valor médio estimado é de R$ 244, e nas classes D e E, R$ 209.
Geograficamente, a região Norte lidera com o maior gasto médio individual, de R$ 271, seguida pelas regiões Sudeste (R$ 257), Centro-Oeste (R$ 249), Nordeste (R$ 241) e Sul (R$ 225). No entanto, em volume total de vendas, o Sudeste se destaca com R$ 6,7 bilhões movimentados, um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. Na sequência vêm o Nordeste, com R$ 4,5 bilhões (+3,4%), Sul com R$ 2,3 bilhões (+12%), Norte com R$ 1,3 bilhão (+1,7%) e Centro-Oeste com R$ 1,2 bilhão (+18,8%).
A pesquisa reforça a importância econômica do Dia das Mães para o varejo nacional, mostrando não apenas crescimento em valores, mas também o comportamento diversificado do consumidor, que combina a tradição das lojas físicas com a ascensão do digital e múltiplas formas de pagamento.
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