Como preparar um chimarrão perfeito

Poucas tradições brasileiras são tão enraizadas no cotidiano quanto o chimarrão. Símbolo de hospitalidade, introspecção e, claro, de identidade cultural, especialmente no Sul do Brasil, a bebida à base de erva-mate conquistou também outros cantos do país. Mais do que um simples mate amargo servido na cuia, o chimarrão é um ritual — e como todo ritual, tem suas regras, suas delicadezas e seus segredos.

Antes de tudo, a escolha da erva-mate é crucial. Para chimarrão, utiliza-se uma erva específica, moída mais fina e com uma mistura balanceada entre folhas, talos e pó — conhecida como “erva para chimarrão tradicional“. É essa composição que garante a consistência da bebida e sua famosa espuma verde.

Dê preferência às marcas frescas, com data de fabricação recente. Ervas muito antigas perdem o sabor e o aroma característicos. Se possível, armazene em local seco e arejado, longe da luz direta.

Como preparar um chimarrão perfeito

Passo a passo

  1. Aqueça a água – O ponto ideal da água está entre 70 °C e 80 °C. Nunca ferva! A água fervente queima a erva, resultando em amargor excessivo.
  2. Adicione a erva na cuia – Coloque a erva até preencher cerca de 2/3 da cuia. Incline levemente e bata suavemente para acomodar e formar a “parede” de erva em um dos lados.
  3. Forme o “berço” da bomba – Ainda com a cuia inclinada, despeje um pouco de água morna no espaço vazio e deixe a erva absorver por alguns segundos. Isso ajuda a hidratar e estabilizar o chimarrão.
  4. Insira a bomba – Com cuidado, introduza a bomba no lado umedecido, pressionando até o fundo. Nunca mexa após colocada.
  5. Complete com água quente – Agora sim, é só servir a água na cuia, sempre evitando molhar toda a erva de uma vez. A ideia é manter o “mato” seco ao lado da bomba o maior tempo possível, permitindo várias “cariadas” (refeições com a água quente).
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Conclusão

Preparar um chimarrão vai muito além de despejar água quente sobre erva-mate. É sobre técnica, respeito à tradição e, sobretudo, prazer em manter viva uma das práticas mais simbólicas do Brasil. Ao aprender o passo a passo, você não apenas domina uma arte simples, mas também se conecta com uma herança cultural poderosa.

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