As milhas aéreas se tornaram uma das principais ferramentas para quem deseja viajar gastando menos. Na prática, elas funcionam como uma moeda de troca: a cada voo realizado ou compra em empresas parceiras, o consumidor acumula pontos que podem ser convertidos em milhas e, posteriormente, utilizados para resgatar passagens, hospedagens ou até experiências exclusivas.
O setor de fidelização movimenta bilhões no Brasil e vem registrando recordes a cada trimestre. Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), no primeiro trimestre de 2025 foram emitidos 225,4 bilhões de pontos, crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior. Desse total, 219,8 bilhões foram resgatados, sendo 73,6% direcionados a passagens aéreas.
Como acumular milhas de forma inteligente
Existem várias formas de acumular milhas. A mais tradicional é viajando: ao comprar passagens aéreas, parte do valor pago é convertida em créditos no programa de fidelidade da companhia. Mas hoje a maior parte dos pontos vem do consumo no dia a dia. Gastos no cartão de crédito, compras em lojas parceiras, abastecimento em postos conveniados, reserva de hotéis ou até o simples pagamento de serviços podem render pontos.
Esses pontos podem ser transferidos para os programas das companhias aéreas, muitas vezes com bônus de transferência. Essa estratégia permite multiplicar os ganhos e tornar mais rápido o processo de acumular saldo suficiente para uma passagem. Outro caminho é assinar clubes de fidelidade, que oferecem pontos mensais fixos e promoções exclusivas.
Como usar as milhas acumuladas
O destino mais comum das milhas é a troca por passagens aéreas, tanto nacionais quanto internacionais. Mas elas também podem ser usadas para pagar hospedagens, aluguel de carros, ingressos de eventos, pacotes turísticos ou até convertidas em cashback em alguns cartões.
Para viagens dentro do Brasil, é possível encontrar trechos a partir de 7.500 milhas. Já para destinos próximos da América Latina, os resgates começam em torno de 10 mil. Em rotas mais longas, como para a Ásia ou Europa, há oportunidades de adquirir passagens em classe executiva por cerca de R$ 9 mil com milhas — valor bem inferior ao que seria pago em dinheiro.

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Apesar disso, especialistas alertam que o consumidor deve planejar bem o uso. Trocar milhas por produtos, como eletrodomésticos ou utensílios, geralmente não compensa. O maior retorno quase sempre está em resgatar voos ou experiências.

Diferença entre pontos e milhas
Muitos consumidores ainda confundem pontos e milhas, mas há diferenças importantes. Os pontos são a moeda inicial gerada em programas de fidelidade de bancos, cartões ou varejistas, como Esfera e Livelo. Já as milhas estão ligadas diretamente às companhias aéreas. Em geral, o processo funciona assim: primeiro você acumula pontos com compras, depois transfere para um programa de aviação, onde eles passam a ser considerados milhas e ganham validade específica.
Segundo a professora da FGV Myrian Lund, os pontos geralmente não expiram, mas, ao serem transformados em milhas, passam a ter prazos de uso definidos. Por isso, acompanhar notificações e planejar a utilização é essencial.
Estratégias e erros a evitar
Para otimizar o acúmulo, especialistas como Lucas Estevam, influenciador que já viajou para mais de 90 países, recomendam concentrar gastos em poucos cartões, acompanhar promoções, assinar newsletters e aproveitar bonificações em transferências. Muitas vezes, uma compra online em um parceiro pode gerar até cinco pontos por real, contra apenas dois pontos por dólar gasto em cartões tradicionais.

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Entre os erros mais comuns estão gastar além do orçamento apenas para juntar pontos, esquecer de monitorar prazos de validade e comprar milhas diretamente nas companhias aéreas, onde costumam custar muito mais caro. Outro engano frequente é usar milhas em produtos de baixo valor agregado, como panelas, em vez de destiná-las a passagens aéreas, que trazem retorno muito superior.
Programas mais populares no Brasil

Os principais programas de fidelidade do país são o Smiles (Gol), o Latam Pass e o Azul Fidelidade. Todos permitem cadastro gratuito e oferecem clubes de assinatura pagos para acelerar o ganho de pontos. Além disso, contam com parcerias em varejo, bancos, companhias de serviços e aplicativos de mobilidade, ampliando as formas de acumular.
A escolha do programa ideal depende do perfil de cada consumidor. Quem viaja com frequência costuma se beneficiar dos programas diretamente vinculados às companhias aéreas, enquanto quem busca economia no dia a dia pode aproveitar melhor os programas de varejo e cartões de crédito.
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