Pesquisadores descobriram uma maneira inovadora de destruir células cancerosas em laboratório. A técnica envolve a estimulação das moléculas de aminocianina com luz infravermelha próxima, fazendo com que as moléculas vibrem em uníssono e rompam efetivamente as membranas das células cancerosas.
As aminocianinas são corantes sintéticos comumente usados em bioimagem para detectar câncer e demonstraram estabilidade na água e uma forte afinidade para se ligarem às superfícies das células. Anteriormente utilizadas em baixas doses, essas moléculas estão agora na vanguarda de uma nova e poderosa técnica.
O estudo, detalhado por Ciceron Ayala-Orozco da Rice University e publicado na Nature Chemistry, explica como o mecanismo de vibração funciona. As vibrações criam plasmons, que são movimentos coletivos de elétrons através da molécula, resultando em ação mecânica que pode romper a membrana das células cancerosas.
James Tour, químico da Rice University, descreveu essa inovação como “uma geração totalmente nova de máquinas moleculares que chamamos de martelos pneumáticos moleculares”.
Ele enfatiza sua velocidade, sendo “mais de um milhão de vezes mais rápido em seu movimento mecânico do que os antigos motores do tipo Feringa”, e o fato de que eles são ativados com luz infravermelha próxima, o que permite uma penetração mais profunda no corpo sem cirurgia.
O método do martelo pneumático molecular tem sido altamente eficaz em testes de laboratório com células cancerosas cultivadas e foi testado em camundongos com tumores de melanoma com resultados notáveis.