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10 cidades mais antigas do Paraná: uma viagem no tempo pelos lugares centenários que moldaram o estado

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O Paraná é um estado que mistura inovação e tradição. Entre paisagens modernas e polos tecnológicos, há cidades que guardam em suas ruas de pedra e casarões antigos o eco dos primeiros colonizadores, tropeiros e imigrantes que ajudaram a construir a história do Sul do Brasil. Cada município é um capítulo vivo da memória paranaense — com igrejas centenárias, fazendas históricas, praças que viram impérios nascer e ruir, e habitantes que carregam, com orgulho, o sotaque e a cultura do tempo.

Viajar pelas cidades mais antigas do Paraná é mergulhar em uma linha do tempo que começa antes mesmo da fundação oficial do estado. É ver de perto como o ciclo do ouro, a rota dos tropeiros e a chegada dos imigrantes europeus deixaram marcas profundas na arquitetura, na culinária e no modo de vida. Prepare-se para uma jornada entre passado e presente.

Onde o Paraná nasceu: os primeiros passos da história

Paranaguá – O berço do Paraná

Fundada em 1648, Paranaguá é a cidade mais antiga do estado e o ponto de partida da colonização paranaense. Localizada no litoral, seu centro histórico guarda casarões coloridos dos séculos XVII e XVIII, o famoso Mercado do Café, e o Museu de Arqueologia e Etnologia, instalado em um antigo colégio jesuíta.

Passear pelo calçadão do Rio Itiberê é como folhear um livro aberto da história — cada esquina revela uma fachada colonial ou uma igreja centenária. E o melhor: de lá partem as embarcações para a paradisíaca Ilha do Mel, um contraste perfeito entre história e natureza.

Antonina – O charme colonial entre montanhas e mar

A poucos quilômetros de Paranaguá, Antonina nasceu como um porto de apoio no século XVIII e cresceu com o comércio de erva-mate. Suas ruas de paralelepípedo e casarões coloridos dão um ar de cidade cenográfica. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, de 1714, é uma das mais antigas do estado.

Antonina é também palco de um dos carnavais mais tradicionais do Sul, com desfiles históricos e blocos de rua que fazem a cidade pulsar. Para quem busca turismo no Paraná com alma e autenticidade, esse é um destino obrigatório.

Morretes – Entre o tempo e o sabor

Famosa pelo barreado, prato típico preparado em panela de barro, Morretes é uma joia do período colonial. Surgida no século XVIII, a cidade se desenvolveu às margens do Rio Nhundiaquara, antigo caminho dos tropeiros.

Hoje, o passeio de trem pela Serra do Mar até Morretes é uma das experiências turísticas mais procuradas do Brasil. As pontes, túneis e curvas da ferrovia histórica oferecem uma das paisagens mais impressionantes do país — e, claro, o cheiro do barreado ao chegar completa o cenário.

O legado dos tropeiros e imigrantes

Curitiba – A capital das origens europeias

Antes de ser a metrópole moderna que conhecemos, Curitiba era um simples povo do tropeiro fundado em 1693. A cidade conserva relíquias arquitetônicas como o Largo da Ordem, onde fica a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas (1737), a mais antiga da capital.

O bairro de Santa Felicidade, criado por imigrantes italianos, é uma viagem gastronômica no tempo, com vinícolas e cantinas que mantêm tradições do século XIX. Para quem ama história e urbanismo, Curitiba é um verdadeiro laboratório vivo de como o passado e o futuro convivem lado a lado.

Castro – A capital dos tropeiros

Fundada em 1704, Castro é uma das cidades mais antigas do interior e considerada a “Capital Nacional dos Tropeiros”. O Museu do Tropeiro é parada obrigatória, com um acervo impressionante de ferramentas, arreios e histórias das rotas que cruzavam o sul do Brasil.

A cidade também abriga a Igreja Matriz de Sant’Ana, construída em 1774, e o Parque Histórico de Carambeí, que recria uma colônia holandesa com casas e objetos originais do início do século XX.

Lapa – Fortaleza da história e do heroísmo

A Lapa é sinônimo de bravura. Fundada em 1769, foi palco do lendário Cerco da Lapa, episódio decisivo da Revolução Federalista de 1894. O Teatro São João e a Casa de Câmara e Cadeia, hoje museu, guardam a atmosfera heroica daqueles dias.

Suas ruas preservadas e o casario colonial transportam o visitante direto ao século XIX. E, para os amantes de turismo histórico, a Lapa é um dos destinos mais bem preservados do Paraná.

A fé, o ouro e as memórias que resistem ao tempo

Guarapuava – O coração dos Campos Gerais

Criada em 1810, Guarapuava foi ponto de parada dos tropeiros e é conhecida como “Coração do Paraná”. A Catedral de Nossa Senhora de Belém, com sua arquitetura neogótica, domina a paisagem central.

O Museu Visconde de Nácar e o Parque do Jordão resgatam tanto o lado histórico quanto o natural da região. É uma cidade que une religiosidade, tradição e modernidade em um mesmo compasso.

Palmas – Entre o frio e as tradições gaúchas

Palmas é uma das cidades mais frias do estado e também uma das mais antigas, fundada em 1879. Com forte influência gaúcha, o município preserva construções de pedra, casarões antigos e igrejas centenárias.

O Museu Histórico de Palmas e a antiga Estação Ferroviária são atrativos que contam o passado de uma cidade forjada entre o mate e o chimarrão.

São José dos Pinhais – Herança e progresso

Fundada em 1852, São José dos Pinhais começou como uma vila rural e se transformou em um dos maiores polos industriais do Paraná. Ainda assim, preserva a Igreja Matriz de São José e casarões da época dos imigrantes poloneses e ucranianos.

O Museu Atílio Rocco e o Caminho do Vinho, com suas propriedades rurais abertas à visitação, mantêm viva a essência do passado em meio à modernidade.

Campo Largo – A cidade da cerâmica e das colônias

Campo Largo, fundada em 1870, nasceu da colonização europeia e ficou conhecida como a “Cidade da Louça”. Além da importância industrial, o município preserva o centro histórico e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, de 1890.

O turismo no Paraná ganha vida ali com o Circuito Italiano e as antigas olarias que deram fama à cidade. É uma mistura de tradição, trabalho e hospitalidade.

Explorar as cidades mais antigas do Paraná é mais do que um roteiro turístico — é um mergulho na alma do estado. Cada igreja, praça ou museu guarda capítulos da formação cultural, religiosa e econômica do Sul do Brasil.

E o melhor: todas essas cidades continuam vivas, vibrantes, cheias de moradores que preservam sua história e convidam o visitante a fazer parte dela. Quer conhecer mais destinos históricos e curiosidades do Paraná? Fonte: Jornal da Fronteira.

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