Cícero Sandroni, jornalista e integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), faleceu aos 90 anos. Ele morreu em casa, em decorrência de um choque séptico provocado por infecção urinária.
A ABL confirmou o falecimento na manhã desta terça-feira, 17. O velório está marcado para quarta-feira, a partir das 10h, na sede da instituição, no Rio de Janeiro.
Nascido na capital paulista em fevereiro de 1935, Sandroni mudou-se ainda na infância para o Rio, cidade onde construiu toda a sua trajetória profissional.
Atuou em importantes veículos da imprensa brasileira, como Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e Fatos e Fotos, sendo reconhecido por sua cobertura em política internacional.
Participou da cobertura jornalística da inauguração de Brasília e, posteriormente, assumiu o comando da secretaria de imprensa da nova capital, a convite do prefeito. Também atuou na administração federal como subchefe de gabinete de Franco Montoro, à época ministro do Trabalho no governo João Goulart, em 1962.
Sandroni foi eleito membro da ABL em 2003 e presidiu a entidade entre 2007 e 2009. Era genro de Austregésilo de Athayde, que liderou a Academia por mais de 30 anos. Em parceria com sua esposa, Laura Sandroni, escreveu a biografia Austregésilo de Athayde, o Século de um Liberal, publicada em 1998.
Sua produção literária inclui romances como O Diabo Só Chega ao Meio-dia (1985) e O Peixe de Armana (2003), além de um perfil biográfico sobre Carlos Heitor Cony, lançado no mesmo ano. Sandroni também teve atuação relevante no mercado editorial como cofundador da Edinova, editora que se destacou por publicar autores da literatura latino-americana e do novo romance francês.
Ele deixa a esposa, Laura Sandroni, cinco filhos — Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula — e um neto, Pedro.
Leia também: