Chuva de meteoros Orionídeas atinge o auge nos céus do Brasil esta quarta e quinta

Chuva de meteoros Orionídeas atinge o auge nos céus do Brasil esta quarta e quinta

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Prepare os olhos e o coração: o céu brasileiro será palco de um dos espetáculos astronômicos mais aguardados do ano. A chuva de meteoros Orionídeas, conhecida internacionalmente como Orionids, alcança seu pico de atividade entre os dias 21 e 23 de outubro, oferecendo uma verdadeira dança de luzes para quem olhar para o firmamento nas madrugadas desta semana.

O fenômeno ocorre anualmente quando a Terra cruza a trilha de detritos deixada pelo lendário cometa Halley, que dá uma volta completa ao redor do Sol a cada 75 ou 76 anos — e só voltará a se aproximar do nosso planeta em 2061. Cada fragmento que se desprende de sua órbita, ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, se transforma em um breve, mas brilhante, risco de luz.

Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, os meteoros da Orionídeas são velozes e intensos, alcançando até 66 quilômetros por segundo. “Eles surgem em qualquer parte do céu, mas parecem nascer próximos à constelação de Órion, ao lado da estrela Betelgeuse”, explica o especialista.

A temporada de observação começou em 2 de outubro e se estenderá até 12 de novembro — embora alguns astrônomos ampliem o período até o dia 22. Mas é agora, no auge da atividade, que o espetáculo se torna mais visível e emocionante.

Um detalhe astronômico joga a favor dos observadores este ano: a Lua Nova, com apenas 2% de iluminação, se põe logo no início da noite, deixando o céu escuro e ideal para a observação a olho nu. Sob condições perfeitas, será possível visualizar de 15 a 20 meteoros por hora — e, em anos anteriores, houve registros de picos de até 70 por hora.

Chuva de meteoros Orionídeas atinge o auge nos céus do Brasil esta quarta e quinta

Melhor hora e lugar para observar

Para aproveitar ao máximo o evento, especialistas recomendam procurar locais afastados das luzes das cidades, como praias, campos ou áreas rurais. Quanto mais escuro o ambiente, melhor a experiência. O melhor horário é da meia-noite até o amanhecer, quando o ponto radiante — local de onde parecem surgir os meteoros — está mais alto no céu.

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Embora o fenômeno seja visível em todo o Brasil, regiões Norte e Nordeste têm ligeira vantagem, já que a constelação de Órion se posiciona mais alta no horizonte. No Sul, a observação também é possível — basta contar com a sorte de um céu limpo e sem nuvens.

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