Chaveamento da Libertadores coloca Botafogo frente a frente com a altitude e o histórico da LDU

Sob o comando do técnico Renato Paiva, o Botafogo encara um desafio de peso nas oitavas de final da Libertadores: a Liga Deportiva Universitaria de Quito (LDU), tradicional clube equatoriano que conhece bem os segredos da competição continental.

A definição do confronto saiu no sorteio realizado nesta segunda-feira, na sede da Conmebol, no Paraguai, e marca o início de uma trajetória que pode ser determinante para as ambições do Alvinegro em 2025.

Os jogos estão programados para acontecer entre 13 e 20 de agosto, com a partida de ida no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e a volta na temida altitude de Quito, a mais de 2.850 metros acima do nível do mar. Um teste de fogo para a equipe brasileira, que busca o bicampeonato e confia no apoio da torcida para superar as adversidades.

Reencontro com fantasmas do passado

A LDU traz à tona memórias recentes para o Botafogo. Na campanha do título de 2024, as duas equipes se enfrentaram na fase de grupos. Em Quito, o time brasileiro perdeu por 1 a 0, em jogo que marcou a estreia do técnico Artur Jorge.

Mas, no reencontro no Nilton Santos, o Glorioso deu o troco e venceu por 2 a 1, em uma atuação que foi um divisor de águas para a caminhada do título.

Agora, o cenário é ainda mais desafiador. O mata-mata exige precisão e mentalidade forte, especialmente em uma casa onde o time local se sente em casa — e o visitante, muitas vezes, se perde no ar rarefeito.

Campanha da LDU e consistência do elenco

A LDU chega às oitavas de final como líder do Grupo 2, onde enfrentou Flamengo, Central Córdoba e Deportivo Táchira. Foram 11 pontos somados em seis jogos — três vitórias, dois empates e uma derrota, justamente para o Flamengo, por 2 a 0.

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O time comandado pelo ex-meia argentino Pablo Sánchez mostra solidez: são 21 jogos na temporada, com nove vitórias, oito empates e quatro derrotas. A defesa é um ponto forte, com média de apenas um gol sofrido por jogo no campeonato equatoriano.

A LDU, aliás, tem tradição na Libertadores: são 21 participações e o título de 2008, conquistado sobre o Fluminense. Um currículo respeitável, que se soma ao fator altitude e ao apoio apaixonado da torcida equatoriana.

Artilheiros em destaque e a experiência de Domínguez

No ataque, os olhos estão voltados para o paraguaio Alex Arce, que brilhou em 2024 com 35 gols em 44 jogos. Em 2025, divide a artilharia do time com Lisandro Alzugaray, ambos com seis gols. Arce, inclusive, balançou as redes quatro vezes na atual edição da Libertadores e está a um gol do topo da artilharia.

Se o ataque chama atenção, a experiência também conta pontos: o goleiro Alexander Domínguez, de 37 anos, comanda a defesa da LDU com autoridade. Formado no clube, Domínguez voltou após uma passagem por outros times e hoje representa a voz de comando em campo, com um currículo que inclui Sul-Americanas, Recopas e títulos nacionais.

Estádio Casa Blanca, um palco com personalidade

O palco da decisão para o Botafogo será o Estádio Rodrigo Paz Delgado, mais conhecido como Casa Blanca. Com capacidade para 41.575 torcedores, é o terceiro maior estádio do Equador e oferece um ambiente intimidante para os visitantes.

A proximidade do público — separado do campo apenas por uma mureta baixa — cria uma atmosfera eletrizante.

Apesar da altitude e da pressão do torcedor, o gramado pode ser um aliado inesperado para o Botafogo. A grama fina e bem cortada lembra o estilo do campo sintético do Nilton Santos, o que pode ajudar o Alvinegro a impor seu ritmo de jogo.

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Preparação do Botafogo e expectativa para o confronto

O Botafogo chega confiante para o duelo, embalado pelo trabalho de Renato Paiva e com um elenco que mistura juventude e experiência.

O técnico, que recentemente destacou a evolução tática da equipe e rechaçou críticas (“Burro não sou”, afirmou em tom bem-humorado), terá a missão de armar um time que saiba suportar a pressão em Quito e, ao mesmo tempo, aproveite o jogo de ida no Rio para construir vantagem.

A diretoria, atenta ao mercado, também trabalha para manter o elenco competitivo. Prova disso é a renovação do atacante Savarino até 2028, consolidando a base ofensiva para a reta final da temporada.

Olho nos outros confrontos e na trajetória do torneio

O chaveamento da Libertadores reservou confrontos equilibrados nas oitavas. Além de Botafogo x LDU, gigantes do continente vão medir forças e prometem jogos emocionantes até a decisão. Para o Alvinegro, o objetivo é simples: repetir o feito de 2024 e seguir sonhando alto na busca pelo segundo título continental.

A torcida, como sempre, será um fator determinante. No Nilton Santos, a expectativa é de casa cheia e clima de festa. Já em Quito, a missão será sobreviver aos 2.850 metros e à pressão de um estádio que respira Libertadores.

Sob o comando do técnico Renato Paiva, o Botafogo encara um desafio de peso nas oitavas de final da Libertadores: a Liga Deportiva Universitaria de Quito (LDU), tradicional clube equatoriano que conhece bem os segredos da competição continental.

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