A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive dias de expectativa e articulação nos bastidores. Nesta sexta-feira (5), o presidente Ednaldo Rodrigues se reuniu com os coordenadores Rodrigo Caetano e Juan para tratar de um dos assuntos mais delicados do atual ciclo rumo à Copa do Mundo de 2026: a sucessão de Dorival Júnior no comando técnico da Seleção Brasileira.
O encontro, realizado na sede da CBF, sinaliza que a entidade não pretende adiar decisões. Apesar do clima de reserva, Ednaldo foi direto ao ponto na saída da reunião: “Em breve, anunciaremos o nome do novo técnico, a tempo de fazer a lista de convocados para os dois jogos das eliminatórias”, afirmou, sem revelar preferências ou detalhes do processo de escolha.
O relógio corre e a CBF sabe disso. O dia 18 de maio desponta como uma data-limite estratégica: trata-se do prazo final estabelecido pela FIFA para o envio da lista de pré-convocados para a Copa América, que começa em junho. A entidade máxima do futebol mundial exige também que a lista definitiva seja entregue até 2 de junho.
Nesse contexto, a CBF deseja que o novo técnico seja o responsável direto pela convocação, marcando simbolicamente o início de um novo ciclo técnico e tático. A ideia é evitar que um interino tome decisões cruciais num momento tão determinante do calendário internacional.
O novo técnico já chega com desafios no horizonte: a Seleção Brasileira enfrentará o Equador, em Quito, no dia 5 de junho, e, cinco dias depois, receberá o Paraguai em território nacional. Os confrontos fazem parte da disputa pelas vagas sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, e exigem foco, entrosamento rápido e um plano de jogo eficiente — especialmente após uma fase de instabilidade da equipe principal.
Embora a CBF mantenha discrição sobre as negociações, o nome de Jorge Jesus continua sendo o mais forte nos bastidores. O português, que marcou época no futebol brasileiro ao conquistar títulos expressivos pelo Flamengo, atualmente comanda o Al Hilal, da Arábia Saudita, com contrato válido até 30 de junho. Isso implica uma negociação delicada e, possivelmente, o pagamento de multa rescisória.
Além de Jorge Jesus, outros nomes de peso também estão no radar da CBF: Abel Ferreira, do Palmeiras, reconhecido pela consistência tática e disciplina estratégica; José Mourinho, atualmente no comando do Fenerbahçe, que traria sua bagagem internacional e estilo competitivo; Carlo Ancelotti, do Real Madrid, ainda que este último esteja envolvido em compromissos europeus complexos.