Ícone do rock mundial faleceu aos 74 anos após sofrer lesões graves na cabeça. Relatório médico confirma que a morte foi resultado de um acidente em sua residência.

Entre em nosso grupo de notícias no WhatsApp

O universo do rock recebeu com tristeza a confirmação oficial sobre a causa da morte de Ace Frehley, lendário guitarrista e fundador da banda KISS. O músico, de 74 anos, faleceu em outubro de 2025 em Morristown, Nova Jersey. De acordo com o relatório médico divulgado pelas autoridades locais, a causa foi um traumatismo craniano grave resultante de uma queda acidental em sua residência.

O documento detalha que Frehley sofreu fratura craniana, hematoma subdural — acúmulo de sangue entre o cérebro e a membrana externa — e derrame cerebral, consequências diretas do impacto. Apesar de ter recebido atendimento médico e passado por procedimentos de emergência, o quadro se agravou e o músico não resistiu. O exame classificou a morte como acidental, descartando qualquer outra hipótese.

Fontes próximas afirmam que o acidente ocorreu no estúdio que o artista mantinha em casa, onde costumava passar grande parte do tempo compondo e gravando novos projetos. Após a queda, ele foi levado ao hospital e permaneceu internado sob cuidados intensivos. Mesmo com o tratamento, as complicações intracranianas impediram a recuperação.

A notícia trouxe comoção imediata entre fãs e músicos do mundo todo. Ace Frehley era considerado um dos guitarristas mais influentes da história do rock. Sua sonoridade, marcada por solos expressivos e pelo uso criativo de efeitos, ajudou a definir o estilo característico do KISS. Nascido em 1951, no Bronx, Nova Iorque, o artista ingressou na banda em 1973, junto de Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss. Seu visual como o “Spaceman” tornou-se uma das marcas registradas do grupo.

Durante os anos 1970, Frehley compôs e gravou sucessos que se tornaram clássicos, como Shock Me, Cold Gin e New York Groove. Sua performance enérgica e o carisma no palco conquistaram uma legião de admiradores, consolidando sua imagem como uma das personalidades mais carismáticas do hard rock. Mesmo após deixar o KISS em 1982, seguiu carreira solo de forma ativa, lançando álbuns elogiados e participando de turnês ao redor do mundo.

Nos últimos anos, Ace Frehley havia reduzido o ritmo de apresentações por questões de saúde. Em setembro de 2025, ele cancelou parte de sua agenda, informando ao público que se recuperava de uma queda. A gravidade do caso só foi totalmente revelada após sua morte, quando o relatório médico veio a público.

Amigos e colegas de profissão prestaram homenagens nas redes sociais, ressaltando sua importância para a música e lembrando a generosidade e o senso de humor que o acompanhavam fora dos palcos. Gene Simmons, companheiro de banda, escreveu que Frehley “mudou para sempre a forma como as pessoas viam o rock ’n’ roll”. Já Paul Stanley destacou que ele “levou o som da guitarra a um novo patamar e influenciou gerações inteiras”.

O falecimento de Ace Frehley representa uma perda significativa não apenas para os fãs da KISS, mas para toda a comunidade musical. Ele foi o primeiro integrante original da banda a falecer, encerrando simbolicamente uma era marcada por shows espetaculares e por uma estética que transformou o rock em espetáculo.

A carreira solo de Frehley também merece destaque. Ao longo de quatro décadas, lançou discos que alcançaram boas posições nas paradas norte-americanas e manteve uma base fiel de fãs. Seu álbum homônimo de 1978, lançado paralelamente aos trabalhos da banda, é frequentemente citado como um dos melhores projetos individuais da história do rock clássico.

Além da música, o guitarrista ficou conhecido por sua autenticidade e por ter superado períodos conturbados na vida pessoal, incluindo problemas com álcool e drogas, dos quais se recuperou publicamente. Em entrevistas recentes, demonstrava gratidão pelos fãs e dizia estar orgulhoso de ter feito parte de um movimento cultural que ultrapassou gerações.

Especialistas ressaltam que o caso chama atenção para o risco de quedas em pessoas acima dos 60 anos, especialmente quando há uso de medicamentos ou histórico de tonturas. Médicos explicam que lesões como hematomas subdurais são perigosas por evoluírem rapidamente, muitas vezes sem sintomas imediatos.

O corpo do músico foi velado em Erewhon, Nova Jersey, em cerimônia reservada à família e amigos próximos. Fãs se reuniram em frente ao local em homenagem ao artista, levando flores, velas e guitarras em miniatura. Diversos tributos estão sendo organizados em cidades norte-americanas e também no Japão e na Europa, onde o KISS tem uma das maiores bases de admiradores.

Ace Frehley deixa um legado imenso: mais de 20 álbuns lançados, centenas de apresentações memoráveis e uma influência que atravessa gerações. Sua morte reforça a importância de cuidar da saúde física e mental dos artistas veteranos, além de preservar o patrimônio cultural que eles representam.

O nome de Ace Frehley permanecerá ligado ao som do KISS e à história do rock mundial. Sua contribuição ultrapassou os palcos, inspirando milhares de músicos que continuam a reproduzir sua técnica, energia e criatividade.