CastraPet Paraná avança no Sudoeste: Barracão e Bom Jesus do Sul passam a Integrar o programa de esterilização animal

CastraPet chega a Barracão, Bom Jesus do Sul e outros municípios do Sudoeste do Paraná, promovendo castração gratuita e ações de educação ambiental

Com o início do segundo semestre, o Programa CastraPet Paraná avança para seu 5º ciclo, marcando uma nova fase de cobertura e expansão no território paranaense. Ao todo, 318 municípios serão contemplados nesta etapa, e pela primeira vez, 84 cidades passam a integrar oficialmente a iniciativa, entre elas Barracão, Bom Jesus do Sul, Francisco Beltrão, Pranchita e Salgado Filho, na região Sudoeste do Paraná.

Para os moradores de Barracão e Bom Jesus do Sul, a inclusão no CastraPet representa um avanço significativo na promoção do bem-estar animal e da saúde pública. Essas cidades, que integram uma das regiões com maior integração entre áreas urbanas e rurais do estado, terão acesso gratuito a procedimentos de castração para cães e gatos de famílias de baixa renda, organizações sociais e protetores independentes.

O investimento estadual nesta nova fase chega a R$ 19,79 milhões, totalizando R$ 45,2 milhões em cinco anos de programa. Até 2026, a previsão é que todas as 399 cidades paranaenses estejam cobertas, consolidando uma política pública voltada à proteção animal com abrangência estadual inédita no Brasil.

O CastraPet faz parte do Plano Paraná Mais Cidades, uma estratégia do Governo do Estado que reúne ações voltadas ao desenvolvimento sustentável dos municípios. Desde sua criação, em 2020, o programa já beneficiou mais de 104 mil pets, contribuindo para o controle populacional, a prevenção de zoonoses e a promoção de uma convivência mais saudável entre pessoas e animais.

Programa une saúde animal, humana e ambiental

A proposta segue os princípios da Saúde Única, que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e do meio ambiente. Por isso, o foco do CastraPet não está apenas na esterilização de cães e gatos, mas também em ações educativas e preventivas. De acordo com Girlene Jacob, médica veterinária e chefe do Núcleo de Educação Ambiental e Bem-Estar Animal (NEA) do Instituto Água e Terra (IAT), o objetivo é construir uma cultura de tutela responsável, com ênfase na vacinação e nos cuidados contínuos com os pets.

Além dos mutirões de castração, o programa também realiza palestras sobre zoonoses, orientação sobre vacinação periódica, vermifugação e a importância da adoção consciente. “A ação vai muito além do controle reprodutivo. Queremos fomentar uma sociedade mais empática, consciente e comprometida com o bem-estar dos animais”, explica Girlene.

Educação ambiental ganha destaque no projeto

Um dos pilares do CastraPet Paraná é o trabalho de conscientização junto à população, especialmente entre crianças e jovens. Por isso, um dos critérios para que os municípios participem do programa é o monitoramento das ações de educação ambiental promovidas localmente. A ideia é que, desde cedo, a sociedade compreenda os impactos do abandono, da reprodução descontrolada e da negligência com os animais.

Em cidades como Barracão e Bom Jesus do Sul, essas ações educativas ganham ainda mais relevância, considerando o contexto regional de forte ligação entre os lares e seus animais de estimação — muitos dos quais vivem em zonas rurais, mas circulam também em áreas urbanas.

Expansão inclui sudoeste e interior profundo

O CastraPet Paraná está cada vez mais presente em regiões historicamente menos assistidas por políticas públicas de saúde animal. A entrada de municípios como Pranchita, Francisco Beltrão, Salgado Filho e outras 80 cidades reforça o compromisso do Estado com a descentralização dos serviços.

No Sudoeste do Paraná, a chegada do programa representa uma conquista coletiva para prefeituras, ONGs locais e protetores independentes, que há anos atuam na linha de frente dos resgates e da defesa dos direitos dos animais. Com a infraestrutura do CastraPet, essas ações ganham respaldo técnico, estrutura e capilaridade.

Ao promover esterilizações gratuitas, o programa ajuda a conter o aumento descontrolado da população de animais em situação de rua, o que contribui também para a redução de riscos sanitários — como a transmissão de doenças — e da superlotação de abrigos improvisados.

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