A tragédia que vitimou a pequena Larissa Manuela, de apenas 10 anos, chocou a população pela brutalidade e pela frieza reveladas ao longo das investigações. O caso, ocorrido em circunstâncias ainda mais perturbadoras, ganhou novos contornos com a confissão do padrasto, Diego Sanches, que admitiu ter cometido o assassinato em um momento de fúria.
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, Diego teria se exaltado ao não encontrar a mãe da criança, Adenuzia Silva, em casa. O motivo alegado para o crime acrescenta mais perplexidade à narrativa: ele teria sido xingado pela enteada, que teria mencionado uma suposta traição conjugal da mãe. Com base em imagens de câmeras de segurança e depoimentos, a polícia avança na apuração dos fatos que antecederam o crime. Este artigo reúne os principais elementos apurados até agora, traçando um panorama detalhado da investigação.
Durante interrogatório formal na delegacia, Diego Sanches declarou à polícia que assassinou Larissa Manuela após perder o controle emocional. O acesso de fúria teria sido desencadeado por uma discussão motivada por ciúmes e por acusações de infidelidade.
Segundo Diego, a menina o insultou ao comentar uma suposta traição de sua mãe, o que, segundo ele, o deixou “fora de si”. Essa justificativa, embora reveladora do estado emocional do suspeito, não isenta a brutalidade do ato, considerado hediondo pelas autoridades responsáveis pelo caso.
As imagens obtidas por câmeras de segurança da região foram decisivas para a reconstituição da movimentação de Diego Sanches no dia do crime. Os registros mostram o suspeito circulando nas proximidades da casa da família em horários compatíveis com a execução do homicídio. As autoridades confirmaram que o material está sob análise e reforça a versão de que Diego esteve no local e agiu sozinho. Os vídeos, somados à confissão, tornam o conjunto probatório robusto e praticamente definitivo.
Embora o padrasto alegue impulso momentâneo, o comportamento anterior do suspeito já havia sido motivo de alerta por vizinhos e familiares. Testemunhas ouvidas pela polícia relataram episódios de agressividade e ciúmes excessivos, principalmente dirigidos à companheira. A delegada responsável pelo caso, em coletiva de imprensa, afirmou que os indícios apontam para um crime movido por controle emocional desequilibrado, mas que ainda não se descarta a hipótese de premeditação.
A morte de Larissa Manuela gerou comoção nacional, levantando novamente o debate sobre a violência doméstica e a necessidade de atenção redobrada em ambientes familiares conflituosos. O caso também reacendeu discussões sobre a proteção de crianças em lares com histórico de tensão e denúncias prévias. A sociedade exige respostas, e o Ministério Público já acompanha o caso de perto. Diego Sanches permanece detido e, segundo a defesa, ainda será submetido a avaliação psiquiátrica antes do encaminhamento do inquérito ao Judiciário.