O caso D.B. Cooper é um dos mistérios criminais mais intrigantes e duradouros da história americana. Em 24 de novembro de 1971, um homem misterioso sequestrou um avião da Northwest Orient Airlines e saltou em plena noite com US$ 200.000, nunca mais sendo visto. Décadas de investigações não conseguiram decifrar sua identidade, deixando o público fascinado e investigadores frustrados. Recentes avanços tecnológicos, no entanto, reacenderam a esperança de finalmente resolver esse mistério.
Assuntos abordados
Dan Cooper, como se identificou ao comprar seu bilhete, embarcou em Portland, Oregon, com destino a Seattle, Washington. Durante o voo, ele entregou uma nota à comissária de bordo informando que possuía uma bomba. Exigiu US$ 200.000 em notas de 20 dólares e quatro paraquedas. Após a aeronave pousar em Seattle, ele libertou os passageiros em troca do dinheiro e dos paraquedas, mantendo a tripulação a bordo.
O plano prosseguiu quando Cooper ordenou que o avião seguisse em baixa altitude e velocidade rumo ao México. Em algum ponto, sobre as florestas do estado de Washington, ele saltou da aeronave pela porta traseira, levando o dinheiro consigo e desaparecendo na escuridão da noite.
Décadas de mistério e investigações infrutíferas sobre Cooper
Após o sequestro, o FBI iniciou uma das maiores caçadas da história americana. Foram examinados inúmeros suspeitos ao longo dos anos, mas nenhum foi definitivamente ligado ao crime. Entre as poucas evidências encontradas, estavam notas de US$ 20 parcialmente deterioradas em um rio próximo à área onde se acredita que Cooper tenha saltado.
Vários indivíduos foram investigados como possíveis culpados, incluindo Robert Rackstraw e Sheridan Peterson, ambos com histórico militar e habilidades de paraquedismo. Rackstraw chegou a ser apontado como um dos suspeitos mais prováveis por uma investigação independente, mas ele sempre negou envolvimento e morreu em 2019.
Em 2016, o FBI encerrou oficialmente o caso, afirmando que a falta de novas evidências concretas dificultava a continuidade das investigações. No entanto, a agência indicou que reabriria a investigação se surgissem novas pistas confiáveis.
Os esforços para solucionar o caso ganharam novo fôlego em 2024 com a investigação conduzida por Eric Ulis, um investigador independente. Ulis descobriu fragmentos metálicos na gravata deixada por Cooper a bordo do avião, que foram rastreados até a Crucible Steel, uma empresa que fornecia aço e titânio para a Boeing. Essa ligação sugere que Cooper poderia ter conhecimento técnico avançado sobre a aeronave que sequestrou.
Outro avanço promissor envolve a análise metagenômica do DNA encontrado na gravata. Essa técnica permite separar diferentes perfis de DNA coletados ao longo dos anos, possibilitando a identificação do material genético do sequestrador. Ulis acredita que até o final de 2024 haverá um perfil de DNA que apontará para a identidade de Cooper.
O legado de D.B. Cooper
Mesmo após mais de cinco décadas, o caso D.B. Cooper continua a fascinar o público e a inspirar filmes, livros e documentários. A audácia do crime e o mistério em torno da identidade do sequestrador o transformaram em uma lenda urbana americana. Se as investigações atuais conseguirem desvendar sua identidade, será um dos desfechos mais aguardados da história criminal dos Estados Unidos.
Com a aplicação de novas tecnologias e a persistência de investigadores como Eric Ulis, a possibilidade de resolver o caso D.B. Cooper nunca esteve tão próxima. Se o DNA obtido na gravata revelar a identidade do sequestrador, esse mistério histórico poderá finalmente ser solucionado, encerrando um capítulo fascinante da história americana.
Fontes: LADbible, Smithsonian, History