O governo do Chile reconheceu oficialmente o Estado do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica.
Com essa decisão, produtores paranaenses ganham a possibilidade de exportar carne bovina e suína diretamente ao mercado chileno, aproveitando o sistema de pré-listagem vigente para proteína animal.
Esse reconhecimento formaliza uma cooperação iniciada em abril deste ano, quando Brasil e Chile assinaram uma declaração conjunta para a abertura do mercado brasileiro ao mel chileno e para o reconhecimento do novo status sanitário do Paraná.
Desde 2021, o Paraná já contava com o selo da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmando sua condição sanitária em relação à febre aftosa sem vacinação. A conquista é resultado de décadas de ações conjuntas entre o setor público, representantes do agronegócio e a iniciativa privada. O Estado também foi certificado como zona independente livre de peste suína clássica, reforçando seu papel estratégico na produção de proteína animal.
O Paraná ocupa atualmente a segunda posição no ranking nacional de produção de suínos. De 2018 a 2024, o número de abates subiu de 9,3 milhões para 12,4 milhões, o que representa uma elevação de 34% no período. Apenas no primeiro trimestre de 2025, a produção aumentou em 32,5 mil unidades em comparação com o mesmo período do ano anterior. Assim, o Estado passou a representar 21,9% da produção nacional de suínos, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que detém 29,4%.
Desde 2010, o volume de produção de carne suína no Paraná mais do que dobrou em apenas 14 anos. Os dados indicam uma tendência de crescimento contínuo, especialmente com a abertura de novos mercados. Em 2025, o Estado alcançou seu melhor desempenho em exportações de carne suína desde 1997, com o envio de 110,7 mil toneladas ao exterior — um aumento de 39,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A produção de carne bovina também avançou. Em 2024, o Paraná abateu 1,4 milhão de cabeças de gado, um crescimento de 143,3 mil em relação a 2023. No cenário nacional, o abate de bovinos aumentou 15,2%, totalizando 39,27 milhões de cabeças, o maior volume já registrado na série histórica da pesquisa. O Paraná figura entre os dez maiores produtores do país.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.