A imunização contra a gripe passa a ser parte permanente do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos.
A medida busca reforçar a proteção desses grupos vulneráveis contra o vírus influenza, reduzindo a incidência de complicações e hospitalizações relacionadas à doença.
Com essa mudança, a vacina da gripe estará disponível em todas as salas de vacina a partir da segunda quinzena de março, durante todo o ano, deixando de estar restrita a campanhas sazonais.
Outros grupos prioritários continuarão a ser contemplados em estratégias específicas, como profissionais da saúde, professores, forças de segurança, pessoas com doenças crônicas ou deficiências e população privada de liberdade.
A importância da imunização contínua
A decisão de tornar a vacina da gripe permanente no calendário nacional reflete a importância da imunização contínua para grupos vulneráveis.
A gripe pode parecer uma doença comum, mas para idosos, gestantes e crianças pequenas, ela representa um risco significativo de complicações graves, incluindo pneumonia e agravamento de condições preexistentes. A prevenção através da vacinação reduz a carga sobre o sistema de saúde e minimiza surtos epidêmicos.
A imunização também impacta diretamente a economia, pois reduz a necessidade de internações e atendimentos de urgência, diminuindo os custos para o sistema público de saúde.
Além disso, a redução das taxas de infecção permite que menos pessoas faltem ao trabalho por conta da doença, garantindo maior produtividade e segurança para toda a população.
Mudanças no esquema vacinal contra poliomielite e rotavírus
Outra alteração relevante para 2025 é a substituição das doses de reforço da vacina oral contra a poliomielite pela versão inativada (VIP), que é aplicada de forma injetável. A decisão segue diretrizes internacionais que visam aumentar a eficácia da imunização e erradicar a doença.
A poliomielite é uma doença grave que pode causar paralisia permanente, e sua erradicação é um objetivo global.
No caso da vacina contra o rotavírus, houve ampliação do período para administração das doses. A primeira dose, antes restrita aos dois meses de idade, agora pode ser aplicada até os 11 meses e 29 dias.
Já a segunda dose, que era aplicada aos quatro meses, passa a poder ser administrada até os 23 meses e 29 dias. Essa flexibilização amplia o acesso à vacina e fortalece a proteção contra a doença, reduzindo a incidência de diarreias graves em bebês e crianças pequenas.
Imunização contra a Covid-19 continua no calendário oficial
A vacinação contra a Covid-19 também segue como parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de seis meses a menores de cinco anos, idosos a partir de 60 anos e gestantes. Essa inclusão visa garantir proteção contínua contra a doença, especialmente para aqueles que apresentam maior risco de complicações.
A infecção pelo SARS-CoV-2 continua representando uma ameça significativa para grupos vulneráveis, e a vacinação tem sido fundamental para reduzir hospitalizações e óbitos. Além disso, a proteção conferida pela vacina ajuda a evitar que formas graves da doença impactem o sistema imunológico dessas pessoas, garantindo maior qualidade de vida e menor sobrecarga no sistema de saúde público e privado.
A continuidade da imunização também permite que se minimize os efeitos a longo prazo da infecção, conhecidos como Covid longa, que podem afetar a capacidade respiratória e outras funções do organismo.
Os avanços na imunização refletem a necessidade de continuar combatendo não apenas a Covid-19, mas também novas variantes que possam surgir. O surgimento de novas cepas do vírus ao longo dos últimos anos demonstrou a importância de reforçar a proteção da população, especialmente entre aqueles que têm maior risco de evoluir para casos graves.
A vacinação contínua permite que o sistema imunológico esteja sempre preparado para reconhecer e combater diferentes mutações do vírus, reduzindo sua transmissibilidade e, consequentemente, o impacto sobre a sociedade.
A manutenção da vacina no calendário é essencial para evitar novos surtos e garantir que o vírus permaneça sob controle, protegendo indivíduos e prevenindo o colapso de hospitais e unidades de emergência.