Caçador confunde tronco com algo inacreditável e faz descoberta pré-histórica

O que era para ser apenas mais um dia comum para um caçador em um rancho privado no Texas acabou se transformando em uma viagem ao passado pré-histórico. Enquanto procurava por veados, ele se deparou com algo que, à primeira vista, parecia um tronco caído. Mas, ao notar a forma incomum e a textura do objeto, decidiu acionar o gerente da fazenda. A suspeita logo se confirmou: tratava-se de uma enorme presa de mamute, uma relíquia de milhares de anos.

A descoberta despertou curiosidade e levou o gerente do rancho, Will Juett, a entrar em contato com especialistas. Graças ao bom relacionamento com o Centro de Estudos da Grande Bacia (CBBS), Juett acionou uma equipe de paleontólogos da Universidade Estadual Sul Ross (SRSU). Os cientistas Bryon Schroeder e Erika Blecha lideraram a investigação, reunindo professores, estudantes de pós-graduação e arqueólogos para analisar o achado.

“A presa estava bem na área de drenagem do leito de um riacho”, explicou Schroeder. “Não havia mais vestígios do esqueleto, apenas a presa isolada, provavelmente separada ao longo dos séculos.”

Para garantir a integridade do fóssil, os pesquisadores passaram quase dois dias revestindo a presa com tiras de estopa cobertas de gesso. Essa técnica permitiu a criação de uma estrutura protetora ao redor do fóssil, facilitando sua remoção e transporte para o campus da SRSU, onde análises mais detalhadas serão realizadas.

O próximo passo será a datação da presa por meio de exames de carbono. Esse processo permitirá determinar a idade exata do fóssil, o que pode levar alguns meses. A tecnologia utilizada hoje é muito mais precisa do que a disponível na última grande descoberta semelhante na região, ocorrida em 1960. Com isso, os cientistas esperam restringir a idade da presa a uma janela de apenas 500 anos, algo impensável décadas atrás.

Além de ser um achado fascinante, a presa de mamute pode trazer respostas importantes sobre a megafauna antiga. Os especialistas esperam que o estudo do fóssil contribua para a compreensão dos hábitos dos mamutes, sua relação com outros animais e com o ambiente ao seu redor. Além disso, a descoberta levanta questões sobre a interação entre os seres humanos da época e esses gigantes da pré-história.

“Observar essa presa de mamute simplesmente traz o mundo antigo de volta à vida”, afirmou Juett. “É incrível imaginar um animal desse tamanho vagando por essas colinas. Também fico pensando em como nossos antepassados enfrentaram essas enormes presas com apenas ferramentas de pedra!”.

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