De Santa Catarina para as telas de um dos maiores programas de culinária do mundo. Essa é a jornada de Júlio Figueredo, um jovem de Dionísio Cerqueira, que transformou sua paixão pela cozinha em uma história de superação, fé e conquista.
Hoje, ele é o primeiro brasileiro a chegar à grande final do MasterChef EUA, levando consigo as raízes culturais da Tri Fronteira e emocionando milhares de pessoas que acompanham sua trajetória.
Mais do que uma competição gastronômica, sua história é sobre sonhos que pareciam distantes, mas que ganharam força com perseverança, amor e a coragem de não desistir.
Júlio cresceu em meio a uma mistura de culturas que moldaram seu paladar: a tradição gaúcha dos avós maternos, a herança italiana dos paternos e o sabor da vida simples no interior. Desde cedo, encontrava alegria na cozinha, ajudando a avó Maria a preparar polenta ou acompanhando o pai no churrasco.
Essas lembranças afetivas se tornaram o combustível para sua paixão pela gastronomia, que o acompanharia mesmo quando a vida tomou outros rumos.
Em 2012, Júlio decidiu encarar um novo desafio: estudar inglês nos Estados Unidos. Levou consigo o sonho de estudar gastronomia, mesmo quando muitos desacreditavam. Conseguiu realizar o objetivo, mas logo percebeu que sobreviver como cozinheiro seria mais difícil do que imaginava.
Assim, deixou o fogão de lado e seguiu trabalhando em restaurantes como gerente. Ganhou experiência em liderança, disciplina e enfrentou erros que também o ensinaram a crescer.
Foi nesse período que conheceu Rachel, contratada como bartender em um dos restaurantes que gerenciava. O que começou como amizade se transformou em amor e, mais tarde, em casamento. Rachel também foi a chama que reacendeu sua paixão pela gastronomia.


Fã de Gordon Ramsay e do próprio MasterChef, ela o incentivou a voltar a cozinhar. Juntos, começaram a criar pratos, competir entre si e alimentar o sonho de alcançar algo maior.
Rachel tentou participar do programa quatro vezes sem sucesso. Mas quando surgiu a temporada em duplas, ela convidou Júlio para embarcar na aventura. Mesmo sem acreditar que chegariam tão longe, aceitaram o desafio e conquistaram o avental branco.
Ao longo da competição, brilharam. Foram capitães de equipe, venceram provas e mostraram que sua união dentro e fora da cozinha era um diferencial. Cada prato apresentado trazia a essência de suas culturas — a brasileira dele e a cubana dela.
Agora, Júlio e Rachel são finalistas do MasterChef EUA. Ele, o primeiro brasileiro a chegar tão longe no programa; ela, a primeira cubana. Uma conquista que representa não apenas suas histórias individuais, mas também a diversidade cultural que ambos carregam.
Para Júlio, cada vitória é um sinal de propósito e fé: um caminho traçado com muito esforço, disciplina e gratidão. A final é mais do que uma chance de ganhar o título — é uma oportunidade de honrar suas raízes e mostrar ao mundo o orgulho de ser quem são.