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Brasil registra maior queda de nascimentos em mais de três décadas, aponta IBGE

Brasil registra queda histórica de 5,8% nos nascimentos em 2024, aponta IBGE, influenciada pelo envelhecimento populacional e pelo adiamento da maternidade; mortes aumentam 4,6% no mesmo período.

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O Brasil registrou a maior redução no número de nascimentos desde o início dos anos 1990, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o país contabilizou 2.442.726 registros de nascidos em cartórios, o que representa uma queda de 5,8% em relação ao ano anterior, totalizando 146.366 nascimentos a menos. Este é o sexto ano consecutivo em que a natalidade diminui no país, superando reduções observadas em períodos críticos, como em 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando a queda foi de 4,7%, e em 2016, durante o surto de Zika, quando o recuo alcançou 5,1%.

O IBGE aponta que ainda não há explicação conclusiva para o declínio acentuado registrado em 2024. A análise detalhada depende da liberação dos microdados do Censo 2022, ainda pendentes. Entretanto, o instituto destaca que os resultados seguem tendências demográficas já observadas, como a queda da fecundidade, o envelhecimento da população e o adiamento crescente da maternidade. Segundo as projeções do órgão, a população brasileira deve começar a diminuir a partir de 2042.

Outro fator relevante é a diminuição contínua da maternidade na adolescência. Em 20 anos, a proporção de mães adolescentes caiu de 20,8% para 11,3%. Além disso, o percentual de nascimentos de mulheres com até 24 anos teve forte redução. Em 2004, elas representavam 52% das mães. Em 2024, passaram a 34,6%. Segundo o IBGE, o adiamento da maternidade tende a impactar os indicadores de natalidade de forma imediata, podendo gerar quedas bruscas como a registrada no último ano.

O levantamento também revela aumento de 4,6% no número de mortes registradas em 2024, equivalendo a 65.811 óbitos a mais em relação a 2023. A expectativa de vida no Brasil é de 76,6 anos, e 90,9% das mortes foram classificadas como decorrentes de causas naturais, enquanto 6,9% ocorreram por causas externas e 2,2% não tiveram causa identificada. Segundo especialistas, o aumento de óbitos está diretamente associado ao envelhecimento populacional e acompanha projeções de crescimento da faixa etária idosa no país.

Brasil registra queda histórica de 5,8% nos nascimentos em 2024, aponta IBGE, influenciada pelo envelhecimento populacional e pelo adiamento da maternidade; mortes aumentam 4,6% no mesmo período.

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