O Brasil dá início a uma jornada histórica nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 com a ambição de alcançar sua melhor campanha de todos os tempos. Com o envio de sua maior delegação na história das Paralimpíadas, composta por 280 atletas, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) pretende não apenas superar os resultados obtidos nas edições anteriores, mas também conquistar a medalha de número 400 para o país.
Essa edição dos Jogos, que acontece entre 28 de agosto e 8 de setembro, promete ser um marco para o esporte paralímpico brasileiro, consolidando ainda mais a posição do Brasil entre as potências mundiais.
Para alcançar seus objetivos em Paris, o Brasil contará com uma delegação recorde de 280 atletas, dos quais 255 são paratletas, acompanhados por 19 atletas-guia para atletismo e triatlo, três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Este número expressivo de participantes reflete o esforço e investimento do CPB para garantir que o país esteja representado de forma competitiva em diversas modalidades.
Com o aumento da participação brasileira, a expectativa é alta para que o país possa superar suas campanhas anteriores, especialmente as dos Jogos do Rio 2016 e de Tóquio 2020, onde foram conquistadas 72 medalhas em cada edição. A ambição do CPB, segundo o presidente Mizael Conrado, é alcançar entre 70 e 90 medalhas em Paris, o que consolidaria o Brasil no grupo das oito melhores nações paralímpicas do mundo.
O planejamento estratégico do CPB, formulado em 2017, tem como meta não apenas aumentar o número de medalhas, mas também aprimorar a performance dos atletas em todas as modalidades em que o Brasil compete. Em Tóquio 2020, o Brasil estabeleceu seu recorde de medalhas de ouro, com 22 conquistas, superando os 21 ouros obtidos em Londres 2012. Agora, em Paris, a meta é ultrapassar esse número e, quem sabe, alcançar a marca histórica de 400 medalhas no total desde a primeira participação paralímpica brasileira em Roma 1960.
O Brasil competirá em 20 das 22 modalidades dos Jogos Paralímpicos, ficando fora apenas do basquete e do rúgbi em cadeira de rodas. Essa ampla participação demonstra a evolução e a versatilidade do esporte paralímpico no país, com destaque para modalidades como atletismo, natação, judô e futebol de cegos, onde o Brasil tradicionalmente se destaca.
O sucesso do Brasil nos Jogos Paralímpicos não é fruto do acaso. Nos últimos anos, o CPB e as diversas federações esportivas têm investido fortemente em infraestrutura, tecnologia e na formação de atletas e equipes técnicas. Centros de treinamento de ponta, programas de desenvolvimento de talentos e parcerias com entidades internacionais são alguns dos pilares que sustentam o esporte paralímpico brasileiro.
Além disso, o apoio governamental e de patrocinadores tem sido fundamental para garantir que os atletas tenham todas as condições necessárias para competir em alto nível. Esse investimento é refletido nos resultados que o Brasil tem alcançado, tornando-se um dos principais países em evolução no cenário paralímpico mundial.
Em Paris, o Brasil estará representado em 20 modalidades paralímpicas, cada uma com suas próprias expectativas e promessas de medalhas. Entre os esportes que mais se destacam, o atletismo é tradicionalmente um dos carros-chefe, com atletas de elite competindo em diversas provas de pista e campo. Outro destaque é o futebol de cegos, onde o Brasil é uma potência mundial, tendo conquistado várias medalhas de ouro em edições anteriores dos Jogos.
Na natação, o Brasil também tem uma história de sucesso, com atletas que se destacam tanto em provas individuais quanto em revezamentos. O judô paralímpico é outra modalidade em que o Brasil sempre figura entre os favoritos, graças a uma base sólida de treinamento e uma tradição de conquistas.
Novas modalidades como o badminton e o taekwondo também estão ganhando espaço e trazendo novas esperanças de medalhas. A presença brasileira em modalidades diversificadas reflete a expansão do esporte paralímpico no país e o aumento do interesse e participação de atletas em diferentes disciplinas.
A contagem regressiva para a medalha de número 400 começou. Desde sua estreia em Roma 1960, o Brasil conquistou um total de 373 medalhas paralímpicas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. A expectativa é que, com a campanha em Paris, o país possa não apenas alcançar, mas superar essa marca, consolidando sua posição como uma das principais nações no cenário paralímpico mundial.
A conquista dessa meta será um feito histórico para o esporte brasileiro e um testemunho do trabalho árduo e da dedicação de atletas, treinadores e todos os envolvidos no movimento paralímpico. Cada medalha é resultado de anos de preparação, superação e compromisso com a excelência esportiva.
A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris promete ser um espetáculo à parte. Realizada fora de um estádio pela primeira vez na história, a cerimônia acontecerá ao longo da famosa avenida Champs-Élysées, terminando na icônica Place de la Concorde. Este cenário magnífico simboliza a inclusão e celebração da diversidade, valores fundamentais do movimento paralímpico.
Essa abertura inédita não apenas realça a grandiosidade dos Jogos, mas também reflete o compromisso de Paris em criar um evento que seja memorável para atletas, espectadores e todos os envolvidos. Para os atletas brasileiros, será um momento de orgulho e emoção, representando o país em um dos maiores palcos esportivos do mundo.
Além de medalhas e recordes, os Jogos Paralímpicos têm um impacto profundo no Brasil, promovendo inclusão, acessibilidade e igualdade. O sucesso de atletas paralímpicos inspira milhões de pessoas com deficiência no país, mostrando que é possível superar barreiras e alcançar grandes feitos.
Os Jogos também aumentam a conscientização sobre a necessidade de políticas públicas que garantam melhores condições de vida para pessoas com deficiência, incluindo acesso à educação, saúde, emprego e esporte. A visibilidade que os Jogos oferecem é uma oportunidade única para avançar na luta por direitos e inclusão social.