Ministério da Saúde confirma que o Brasil eliminou a transmissão do HIV da mãe para o bebê e apresenta queda nas mortes por Aids, além de avanços em prevenção e tratamento.

Brasil elimina a transmissão do HIV da mãe para o bebê e registra avanços no combate à Aids

Ministério da Saúde confirma que o Brasil eliminou a transmissão do HIV da mãe para o bebê e apresenta queda nas mortes por Aids, além de avanços em prevenção e tratamento.

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O Ministério da Saúde informou que o Brasil eliminou a transmissão do HIV da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. Em 2024, a taxa ficou abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças foi inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, parâmetros que atendem às metas internacionais e aos critérios da Organização Mundial da Saúde. O anúncio foi feito no Dia Mundial da Luta Contra a Aids e representa um marco no enfrentamento da doença no país.

Os dados mostram também que o número de mortes por Aids caiu 13% em comparação ao ano anterior, totalizando 9,1 mil óbitos. É a primeira vez, em três décadas, que o Brasil registra menos de 10 mil mortes pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, o país alcançou mais de 95% de cobertura de pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento para gestantes vivendo com o vírus, o que contribuiu diretamente para impedir que bebês nasçam infectados.

A pasta atribui os avanços ao fortalecimento da prevenção, ao diagnóstico precoce e à ampliação do acesso gratuito a tratamentos capazes de manter o vírus indetectável e impedir a transmissão. Em 2024, o país registrou 36,9 mil novos casos de Aids, queda de 1,5% em relação a 2023. Houve ainda redução de 7,9% nos registros de gestantes com HIV e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus.

O Brasil possui aproximadamente 1 milhão de pessoas vivendo com HIV. O Ministério da Saúde adota a chamada prevenção combinada, que reúne diferentes métodos de proteção. Além dos preservativos, o país ampliou o uso da PrEP e da PEP, que reduzem o risco de infecção antes e depois de uma possível exposição.

O número de usuários da PrEP aumentou mais de 150% desde 2023, alcançando 140 mil pessoas. O SUS mantém o fornecimento gratuito de terapia antirretroviral e acompanhamento contínuo. Mais de 225 mil pessoas utilizam o comprimido único composto por lamivudina e dolutegravir, tratamento considerado de alta eficácia e com menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

De acordo com o Ministério da Saúde, esses indicadores aproximam o país das metas globais 95-95-95, que determinam que 95% das pessoas vivendo com HIV saibam do diagnóstico, 95% estejam em tratamento e 95% tenham carga viral controlada. O Brasil já cumpriu duas dessas metas e segue ampliando ações para consolidar o controle da Aids como problema de saúde pública.

Ministério da Saúde confirma que o Brasil eliminou a transmissão do HIV da mãe para o bebê e apresenta queda nas mortes por Aids, além de avanços em prevenção e tratamento.
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