O Brasil ocupa posição de destaque no cenário global da cirurgia plástica, constantemente entre os países que mais realizam procedimentos estéticos. Embora os Estados Unidos liderem o ranking mundial em volume total, o Brasil se mantém próximo, alternando posições em categorias específicas e consolidando sua relevância no setor.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Tagliari, essa realidade reflete traços culturais profundamente enraizados. “O brasileiro tem uma relação intensa com a estética. Vivemos em um país de clima tropical, com forte presença de ambientes ao ar livre, praias e piscinas, o que naturalmente incentiva o cuidado com a aparência”, explica.
O estilo de vida e a valorização do corpo têm influência direta na busca por procedimentos. Além disso, o aumento do acesso a cirurgias plásticas transformou o perfil dos pacientes nas últimas décadas. Antes restritas a uma elite, essas intervenções passaram a ser procuradas por pessoas de diferentes classes sociais, impulsionadas pela ampliação da oferta de profissionais qualificados e por condições de pagamento mais acessíveis.
Outro fator relevante, segundo o especialista, é a visibilidade das redes sociais. A exposição constante a padrões de beleza idealizados nas plataformas digitais tem motivado muitas pessoas a procurar intervenções estéticas, alimentando um mercado em constante crescimento.
A formação médica no Brasil também é apontada como um diferencial importante. “Temos cirurgiões com alto nível de capacitação técnica e refinado senso estético. Essa combinação nos coloca em evidência internacionalmente”, afirma Dr. Tagliari.
Mesmo diante de adversidades, como a pandemia da Covid-19 ou desastres naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a demanda por cirurgias plásticas permaneceu estável. Para o especialista, isso demonstra que o consumo desses procedimentos está fortemente integrado à sociedade brasileira. “Enquanto houver estabilidade econômica mínima, a tendência é de que o Brasil continue entre os principais países nesse segmento”, avalia.
Apesar do crescimento de centros emergentes como Coreia do Sul, Turquia e países do Leste Europeu, Brasil e Estados Unidos continuam como referências mundiais em cirurgia plástica. A combinação de cultura, demanda e qualificação médica sustenta essa posição ao longo dos anos.
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