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Barroso fará retiro espiritual antes de decidir sobre futuro no STF

Em entrevista, Barroso comentou sobre os julgamentos da tentativa de golpe, anistia, PEC da Blindagem e revelou detalhes sobre sua saída da corte

O ministro Luís Roberto Barroso deixa, nesta segunda-feira (29), a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), após um ano marcado por julgamentos de grande impacto, entre eles, a descriminalização da maconha e a responsabilização civil das big techs. Apesar do protagonismo, admite não ter conseguido alcançar a pacificação nacional que projetava ao assumir o cargo, em 2023.

Em entrevista à CNN, Barroso fez um balanço da gestão, comentou temas sensíveis da conjuntura política e institucional e anunciou que, em outubro, participará de um retiro espiritual antes de definir seu futuro na Corte. O comando do tribunal será assumido pelo ministro Edson Fachin.

Balanço da gestão de Barroso no STF

O ministro destacou o papel do STF em decisões de grande repercussão social e política. “Tivemos decisões muito importantes sobre drogas, sobre regulação das plataformas digitais, sobre saúde pública e privada. Conseguimos assegurar o transporte gratuito no dia das eleições, garantir direitos da comunidade LGBTI e promover a desintrusão de 10 terras indígenas invadidas por garimpeiros”, afirmou.

Sobre o julgamento dos envolvidos no 8 de janeiro, Roberto Barroso ressaltou a função de prevenção geral da punição: “Significa condenar pessoas para que outros não queiram praticar o mesmo delito. Foi um julgamento que encerrou os ciclos de atraso na história brasileira de golpes e tentativas de quebra da legalidade.”

Polarização e eleições

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Questionado sobre a possibilidade de pacificação no cenário político, Roberto Barroso foi cético e disse: “O contexto que se delineia para as próximas eleições é de maior polarização. É possível uma candidatura do presidente Lula, pelo lado progressista, e uma possível candidatura mais conservadora. Mas são lideranças extremamente civilizadas, que não contribuirão para o radicalismo, e sim para um debate de qualidade”.

Anistia e PEC da Blindagem

O ministro afastou qualquer participação em discussões sobre anistia aos condenados do 8 de janeiro. “Em nenhum momento passou por mim esse debate. Eu até acho que a anistia é uma questão para o Congresso Nacional, mas tudo precisa ser examinado à luz da Constituição. E quem faz esse exame é o Supremo.”

Roberto Barroso também criticou a chamada PEC da Blindagem, que amplia imunidades parlamentares: “Proibir processos criminais contra parlamentares seria um retrocesso grave. Não se pode dar imunidade para o cometimento de crimes. Acho muito ruim.”

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Riscos da desinformação

Sobre os desafios das eleições de 2026, Barroso alertou para o impacto da inteligência artificial e dos deep fakes. “O mundo inteiro enfrenta o risco de massificação da desinformação. No dia em que a gente não puder mais acreditar no que vê e escuta, a liberdade de expressão terá perdido o seu significado. Isso é muito preocupante.”

Ele defendeu a regulação e a educação digital da sociedade: “Tem que ensinar as pessoas a não repassar aquilo que sabemos não ser autêntico. Vai acontecer como no passado: aprendemos a não jogar lixo na rua, agora precisamos aprender a não espalhar desinformação.”

Futuro e retiro espiritual

Embora já tivesse cogitado deixar o STF após a presidência, Roberto Barroso diz que ainda não tomou uma decisão definitiva. “Eu gosto da minha vida no Supremo. E gosto da vida lá fora também. Vou fazer uma reflexão muito profunda do que eu quero fazer. Não desconsidero a possibilidade de sair, mas não bati o martelo ainda.”

Em outubro, o ministro fará uma pausa. “De meados para o fim de outubro, eu vou fazer uma semana de retiro espiritual. A vida é feita de ciclos. E esse será um momento de pensar muito no que eu quero fazer.”

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*Com informações da CNN Brasil

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