No dia 5 de julho de 2025, o mundo do rock viveu um daqueles momentos que ficam gravados na memória coletiva: o último show do Black Sabbath. Em sua cidade natal, Birmingham, Ozzy Osbourne e seus parceiros de trajetória encerraram oficialmente um ciclo que mudou para sempre a história da música. Foi mais que um show; foi um rito de passagem, uma reverência final a um legado que atravessa gerações. Quase seis décadas após terem criado um novo gênero com a clássica faixa “Black Sabbath”, a banda se despede do palco — mas não dos corações dos fãs.
1. Pentagram
Formada nos Estados Unidos quase ao mesmo tempo que o Black Sabbath, o Pentagram é considerado um dos pilares do doom metal. Liderado por Bobby Liebling, a banda não teve o mesmo sucesso comercial, mas conquistou uma legião de seguidores fiéis. Com riffs lentos, letras sombrias e atmosfera carregada, eles são uma ponte direta entre o Sabbath e o underground.
2. Candlemass
Se você procura algo grandioso e pesado, o Candlemass é a escolha certa. Vindo da Suécia nos anos 1980, eles refinaram o estilo do Sabbath com um toque épico, quase teatral. A voz poderosa de Messiah Marcolin e o álbum Epicus Doomicus Metallicus são obrigatórios para quem vive em sintonia com as trevas.
3. Saint Vitus
Saint Vitus é mais uma banda que, embora não tenha tido grande destaque na grande mídia, se tornou uma lenda no underground. Com letras sobre solidão, vício e morte, e um instrumental arrastado e pesado, eles capturam o espírito do Sabbath e o transformam em poesia suja e crua.
4. Electric Wizard
Para os fãs da fase mais psicodélica do Sabbath, Electric Wizard é um prato cheio. A banda britânica mergulha no ocultismo, nas drogas e no horror setentista para criar um som denso, repetitivo e hipnótico. O álbum Dopethrone é um verdadeiro hino da música pesada moderna.
5. Sleep
Sleep é quase um sinônimo de Black Sabbath no universo stoner. O álbum Dopesmoker, com uma única faixa de mais de uma hora, é uma ode aos riffs sabbathianos. Atmosfera densa, vocais arrastados e guitarras que soam como trovões: uma experiência transcendental.
6. Witchfinder General
Com um nome que remete diretamente às perseguições de bruxas, Witchfinder General é uma banda britânica dos anos 1980 que reverencia descaradamente o Black Sabbath. Considerados parte do movimento NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), trouxeram o doom para a nova geração com um toque de rebeldia.
7. Cathedral
Fundada por Lee Dorrian (ex-vocalista do Napalm Death), o Cathedral conseguiu a proeza de unir o peso do doom à pegada mais groovada e até psicodélica. O álbum The Ethereal Mirror é quase uma viagem psicodélica para quem ama os riffs do Iommi com uma dose extra de criatividade.
8. Uncle Acid & The Deadbeats
Imagine uma mistura entre Black Sabbath, filmes de terror dos anos 1970 e garage rock. Isso é Uncle Acid & The Deadbeats. O som é sujo, a produção é propositalmente retrô e o clima é completamente hipnótico. Um revival sabbathiano com estilo próprio.
9. Witch
Criada por J Mascis (do Dinosaur Jr), a banda Witch é mais uma a beber diretamente na fonte de Tony Iommi. Com grooves pesados e um toque alternativo, eles atualizam o espírito do Sabbath para o público indie sem perder a essência do som denso e sombrio.
10. The Obsessed
Scott “Wino” Weinrich é um nome sagrado para os fãs de doom. À frente do The Obsessed, ele criou uma sonoridade que é quase um tributo direto ao Black Sabbath, mas com alma própria. É impossível ouvir os riffs e não sentir a presença dos deuses do metal pairando sobre cada nota.
Conclusão
O legado do Black Sabbath é uma trilha sonora que ecoa por décadas, inspirando músicos de todos os cantos a mergulhar nas profundezas do som pesado. Essas dez bandas não apenas prestam homenagem ao quarteto de Birmingham, como expandem e reinventam o estilo que eles criaram. Ao explorar os álbuns desses grupos, o fã de Sabbath encontra novos mundos — às vezes sombrios, às vezes lisérgicos, mas sempre autênticos.
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Apaixonada pela literatura brasileira e internacional, Heloísa Montagner Veroneze é especialista na produção de conteúdo local e regional, com ênfase em artigos sobre livros, arqueologia e curiosidades.