Banco Central libera boletos pagos via Pix

O Banco Central (BC) do Brasil anunciou uma medida inovadora que promete transformar a maneira como os boletos bancários são pagos no país.

A partir de uma resolução aprovada nesta ultima quinta-feira (12), o BC ampliou as opções de pagamento de boletos, que agora poderão ser quitados não apenas através de códigos de barras, mas também por outros meios, como o Pix e códigos QR. Esta mudança tem o potencial de modernizar profundamente as transações financeiras no país.

Embora a nova resolução entre oficialmente em vigor apenas em 3 de fevereiro, os boletos já podem incluir um código QR específico para pagamento. Essa funcionalidade será implementada de forma experimental até 2025, permitindo que as instituições financeiras e os consumidores se adaptem gradualmente ao novo formato.

Com o código QR, os usuários poderão apontar o celular para realizar o pagamento de forma instantânea, eliminando a necessidade de digitar códigos longos ou esperar a compensação, como ocorre em boa parte dos boletos bancários atuais. Essa é uma das grandes vantagens do pagamento via Pix, que se tornou uma revolução no sistema financeiro brasileiro desde seu lançamento.

O pagamento por Pix já conquistou milhões de brasileiros pela rapidez e simplicidade. Sua integração aos boletos, através de códigos QR, representa um passo à frente na digitalização dos serviços financeiros. Isso também beneficia comerciantes e empresas, que podem contar com recursos financeiros compensados em tempo real, reduzindo a burocracia e aumentando a eficiência operacional.

Para o consumidor, a facilidade de uso é evidente. Basta acessar o aplicativo do banco ou da carteira digital, escanear o código QR e concluir o pagamento em segundos. Além disso, a integração permite maior segurança nas transações, minimizando erros e fraudes comuns no uso de códigos de barras.

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Outra inovação introduzida pelo BC é o boleto de cobrança dinâmico. Essa modalidade foi desenvolvida para aumentar a segurança no pagamento de dívidas representadas por títulos financeiros, como as duplicatas escriturais, regulamentadas pela Lei 13.775 de 2018.

A principal característica do boleto dinâmico é sua vinculação direta ao título emitido digitalmente em sistemas autorizados pelo Banco Central. Isso garante que o pagamento seja direcionado ao legítimo detentor dos direitos do título, protegendo tanto o pagador quanto o credor.

De acordo com o BC, essa ferramenta também assegura que os financiadores que adquiriram títulos não precisarão realizar trocas de instrumentos de pagamento para garantir o recebimento dos recursos. Isso representa um grande avanço, especialmente para pequenas e médias empresas que utilizam duplicatas como forma de fomento financeiro.

Os boletos dinâmicos são um recurso estratégico para fomentar o crescimento de pequenas e médias empresas. Essas organizações, frequentemente dependentes de financiamentos baseados em duplicatas, ganham maior segurança e agilidade em suas operações financeiras. Além disso, o uso de sistemas digitais autorizados pelo BC reduz custos e simplifica processos administrativos, permitindo que os empreendedores foquem em seus negócios.

Outro ponto importante é a segurança jurídica garantida pela nova modalidade. Como os sistemas de escrituração e registro ainda estão em fase de implementação, os boletos dinâmicos deverão ser adotados em até seis meses após a aprovação de ao menos um desses sistemas. Isso dá tempo para que o mercado se ajuste à nova realidade.

A modernização dos boletos é mais um passo na revolução digital promovida pelo Banco Central. Desde a criação do Pix, o sistema financeiro brasileiro tem evoluído rapidamente, aproximando-se dos padrões internacionais. A introdução do código QR e do boleto dinâmico reflete o compromisso do BC em promover a inclusão financeira e a segurança nas transações.

Além disso, essas inovações têm o potencial de reduzir custos para empresas e consumidores, ao mesmo tempo em que impulsionam a digitalização da economia. A adoção gradual dessas ferramentas permitirá que todos os agentes do mercado, incluindo bancos, comerciantes e consumidores, se adaptem de forma segura e eficiente.