Lei propõe atendimento prioritário no SUS para mães atípicas

Na última terça-feira (11), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa assegurar o atendimento prioritário em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para pais e mães atípicos, ou seja, aqueles responsáveis por filhos com doenças raras ou deficiências que exigem cuidados especiais.

A proposta, que recebeu aprovação unânime, representa um avanço significativo na proteção de famílias que enfrentam desafios diários para garantir o bem-estar de seus filhos.

A relatora do projeto, deputada Simone Marquetto (MDB-SP), destacou que a aprovação é um “gesto de carinho e cuidado para quem cuida de seus filhos”, mostrando o reconhecimento da importância dos cuidadores no contexto de pessoas com deficiência ou doenças raras.

Essa proposta visa não só facilitar o acesso a tratamentos médicos, mas também proporcionar a dignidade e o suporte necessário para aqueles que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros.

O que prevê o projeto de lei

O projeto aprovado prevê que os pais e responsáveis por crianças com deficiências ou doenças raras, ou ainda que demandam cuidados médicos contínuos, tenham prioridade no atendimento em unidades do SUS.

Essa medida não se limita apenas a mães e pais biológicos, mas também inclui cuidadores que assumem a responsabilidade legal pela guarda e proteção dessas crianças. Para esses indivíduos, o acesso mais rápido aos serviços de saúde poderá representar uma melhora significativa na qualidade de vida e no tratamento adequado de seus filhos.

Além disso, o projeto contempla a criação de regulamentação para os cordões inclusivos, símbolos que são amplamente reconhecidos por sua associação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta sugere que o uso desses cordões, com o desenho de quebra-cabeça, seja regulamentado dentro da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Essa medida visa promover a inclusão e a conscientização, além de facilitar a identificação de crianças com TEA, garantindo o suporte necessário em situações que exigem atenção especial.

O impacto para as famílias atípicas

Para muitas famílias atípicas, que enfrentam desafios diários devido às necessidades específicas de seus filhos, o atendimento prioritário no SUS representa uma enorme vitória. As dificuldades no acesso à saúde são um problema recorrente, especialmente para aqueles que precisam de tratamentos médicos contínuos ou especializados.

O projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados garante atendimento prioritário no SUS para pais e mães atípicos de crianças com doenças raras e deficiências. Conheça os detalhes dessa importante conquista.

O projeto visa amenizar essas barreiras e proporcionar a esses pais a tranquilidade de que seus filhos receberão os cuidados necessários de maneira mais ágil e eficiente.

A importância desse projeto vai além do simples acesso ao atendimento médico. Ele simboliza o reconhecimento de um problema social que afeta muitas famílias brasileiras.

Com a aprovação da proposta, o Brasil dá um passo importante para garantir a igualdade de oportunidades e um atendimento mais humanizado e inclusivo para todos, especialmente para aqueles que mais precisam.

A relevância no mês das mulheres

A aprovação desse projeto tem um significado ainda maior, pois ocorreu no mês de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher.

A deputada Simone Marquetto, ao comentar sobre a proposta, destacou que esse é um momento de valorização e cuidado com as mães atípicas, ressaltando a importância de políticas públicas voltadas para a assistência e o bem-estar das mulheres que cuidam de seus filhos com deficiência ou doenças raras.

Ela enfatizou que este é um “olhar especial” para as mães brasileiras, reconhecendo sua dedicação e os desafios que enfrentam diariamente.

Próximos passos, análise pelo senado federal

Após a aprovação na Câmara, o projeto segue agora para análise do Senado Federal. Se aprovado, o atendimento prioritário no SUS para pais e mães atípicos se tornará uma realidade, podendo transformar a vida de milhares de famílias que, até hoje, enfrentam dificuldades para garantir o tratamento adequado para seus filhos.

A regulamentação dos cordões inclusivos também é uma iniciativa que pode promover uma maior inclusão social, facilitando a identificação de crianças com TEA e assegurando que recebam o tratamento adequado em todos os momentos.

Leia também: