Ariel: a próxima fronteira espacial

Foto: CNN

A Airbus está desenvolvendo a nave espacial Ariel, que será lançada em 2029 por meio do foguete Ariane 6, para realizar um estudo abrangente da atmosfera de cerca de mil exoplanetas, após a aprovação do projeto pela Agência Espacial Europeia (ESA).

A missão, denominada Ariel (Atmospheric Remote-sensing Infrared Exoplanet Large-survey), liderada pela ESA, terá um custo superior a 200 milhões de euros e visa analisar a composição de exoplanetas para compreender melhor sua formação e evolução.

Christophe Gabilan, gerente do projeto Ariel na Airbus, destaca a importância da missão: “Observações desses mundos nos proporcionarão conhecimento sobre as fases iniciais da formação planetária e atmosférica, bem como sua evolução subsequente. Isso, por sua vez, contribuirá para a compreensão do nosso próprio Sistema Solar e poderá nos ajudar a descobrir se há vida em outro lugar em nosso Universo e se existe outro planeta semelhante à Terra!”

A missão Ariel, programada para uma trajetória de transferência direta até o segundo ponto de Lagrange (L2), será conduzida por quatro anos, com a possibilidade de uma extensão de dois anos adicionais.

Funcionamento da Missão Ariel:

Os instrumentos a bordo da nave medirão as emissões da estrela sem o planeta, fornecendo uma referência do espectro de radiação na luz visível e no infravermelho próximo. Quando o exoplaneta passa em frente à estrela, a atmosfera do exoplaneta filtra a luz da estrela. A comparação entre o espectro de luz com e sem o impacto do filtro da atmosfera do exoplaneta permitirá aos cientistas determinar a composição atmosférica, incluindo moléculas como água, dióxido de carbono, metano e amônia.

A missão concentrará suas observações em planetas quentes, incluindo super-Terras e gigantes gasosos que orbitam próximo às suas estrelas. A Airbus enfatiza que o levantamento da composição atmosférica e a monitorização da evolução desses exoplanetas ao longo do tempo fornecerão dados cruciais para elaborar e confirmar modelos da composição e evolução planetária. Além disso, as observações da Ariel estabelecerão bases para futuras investigações em busca de vida em outros cantos do Universo e por planetas semelhantes à Terra.

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