Argentina surpreende e lidera crescimento global em 2025

Avanço econômico da Argentina após dois anos de recessão é impulsionado por reformas importantes e controle da inflação

Em uma virada econômica sem precedentes, a Argentina figura entre as nações de crescimento mais aceleradas em 2025, desafiando previsões e reescrevendo sua narrativa econômica. Projeções revisadas apontam para uma expansão do PIB entre 5% e 5,7%, superando não apenas a média global (3,1%) como também a latino-americana (1,9%), segundo estimativas do FMI.

O Indec confirmou em abril um crescimento de 5,7% na atividade econômica em fevereiro ante 2024, consolidando quatro meses consecutivos de atualização anual e cinco de alta mensal ininterrupta (0,8% em fevereiro).

O impacto tem raízes nas reformas radicais do governo Milei, um plano de choque que conjugou austeridade fiscal, liberalização cambial e desmonte de subsídios ineficientes.

O resultado é uma queda espetacular da inflação – de picos de 25% mensais em 2023 para 3,7% em março de 2025 – e a recuperação do poder de compra, com flutuação média em dólares saltando de US$ 520 para US$ 990 em um ano.

Avanço econômico da Argentina após dois anos de recessão é impulsionado por reformas importantes e controle da inflação

Os setores estratégicos lideraram a retomada: finanças (+30,2%), pesca (+28,3%) e indústria (+5%) geraram o crescimento de fevereiro, enquanto o campo se beneficia de colheitas recordes e preços internacionais desenvolvidos.

A comunidade internacional revisou suas apostas, e a OCDE elevou sua previsão de 3,9% para 5,7%, o Banco Mundial projetou 5,5% e o FMI ajustou sua estimativa para 5%. O cenário contrasta com o pessimismo de 2023, quando o país enfrentava reservas negativas e risco-país acima de 2.500 pontos.

Hoje, o acordo de US$ 20 bilhões com o FMI e o risco-país em 1.100 pontos – menor nível desde 2018 – reflete a alternativa reconquistada.

Avanço econômico da Argentina após dois anos de recessão é impulsionado por reformas importantes e controle da inflação

Apesar do avanço, os desafios persistem, 40% da população permanece abaixo da linha da pobreza e setores exportadores pressionam pela desburocratização. Contudo, a combinação de disciplina fiscal, influxo de investimentos estrangeiros (US$ 15 bilhões captados em 2024) e produtividade em alta sugere que a Argentina pode estar diante de seu ciclo virtuoso mais consistente em décadas – um caso de estudo para economias emergentes em crise.

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A economia argentina em 2025 representa um raro exemplo de virada rápida e robusta. Com reformas profundas, apoio financeiro externo e crescimento setorial acelerado, o país volta a figurar entre os protagonistas do cenário global — mas a sustentabilidade dessa retomada dependerá da inclusão social e da retomada dos investimentos em áreas essenciais.

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