O Amazonas está prestes a enfrentar uma alteração significativa em seu clima nos próximos meses. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a região experimentará temperaturas acima do normal durante os meses de abril, maio e junho deste ano.
Essa previsão traz consigo implicações importantes, especialmente considerando os efeitos já visíveis das cheias dos rios na região. Vamos explorar mais detalhadamente o que está por vir e como isso pode afetar as comunidades locais.
Durante o alerta emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), foi destacada a previsão de cheias dos rios para este ano em Manaus e outras regiões do estado. Em Manaus, é esperada uma média de 27,21 metros e uma máxima de 28,01 metros no rio Negro. Em municípios como Manacapuru e Parintins, as previsões também indicam níveis significativos de cheia, com médias de 18,31 metros e 7,17 metros, respectivamente.
As cheias dos rios já estão causando impactos importantes em várias partes do Amazonas. Em Boca do Acre, por exemplo, mais de 15 mil pessoas foram afetadas pela elevação dos níveis dos rios Acre e Purus. A situação não é diferente em Envira, onde a cidade declarou situação de emergência após a cheia dos rios Tarauacá e Envira. Esses eventos extremos têm consequências diretas nas comunidades locais, incluindo deslocamento forçado, danos às propriedades e infraestrutura, além de impactos ambientais.
De acordo com Gustavo Ribeiro, pesquisador do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o prognóstico climático sazonal aponta para chuvas acima do normal em algumas regiões do Centro e Norte do estado. Por outro lado, espera-se normalidade de chuvas em outras áreas do Amazonas durante o segundo trimestre de 2024. No entanto, regiões como o Sudoeste do Amazonas e o Sul do estado podem enfrentar chuvas abaixo do normal, o que pode agravar ainda mais a situação das cheias em algumas áreas.
O Amazonas está diante de um cenário desafiador nos próximos meses, com previsões de temperaturas acima do normal e impactos das cheias dos rios. É crucial que as autoridades e comunidades locais estejam preparadas para lidar com essas condições climáticas adversas e os possíveis desdobramentos, incluindo medidas de prevenção e assistência às populações afetadas. Além disso, a atenção para a preservação ambiental e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas se torna ainda mais urgente em face desses eventos extremos.