altar 2

Arqueólogos encontram escadarias e altar sagrado de 3 mil anos no Peru; VEJA FOTOS

No coração das montanhas de Ayacucho, no Peru, um silêncio ancestral guardava um segredo enterrado havia mais de três milênios. Escavações no sítio arqueológico de Campanayuq Rumi revelaram duas escadarias monumentais e um altar sagrado de pedra, estruturas que confirmam a grandiosidade de um dos centros cerimoniais mais importantes do Período Formativo dos Andes.

A descoberta, liderada pelo arqueólogo Yuri Cavero Palomino, com apoio do pesquisador japonês Yuichi Matsumoto, emociona não apenas a comunidade científica, mas também todos aqueles que reconhecem na arqueologia uma ponte viva entre passado e presente.

Uma das escadarias mede quatro metros de altura e conta com dez degraus esculpidos diretamente em pedra. Ao lado dela, no centro de uma praça rebaixada em formato quadrado, repousa o altar sagrado — palco provável de rituais religiosos que uniam a comunidade em celebrações de fé e poder espiritual.

O desenho lembra de imediato o prestigiado complexo de Chavín de Huántar, situado a mais de 600 quilômetros dali, sugerindo que já havia interconexões culturais profundas entre diferentes regiões andinas há mais de 3.000 anos.

As semelhanças não param por aí. Evidências encontradas no local indicam contatos com as culturas Chavín e Paracas, o que fortalece a hipótese de que Campanayuq Rumi não era um centro isolado, mas sim um elo vital de uma vasta rede de trocas. Produtos como a obsidiana circulavam entre essas comunidades por volta de 1000 a.C., revelando sociedades complexas, hierarquizadas e com intensas práticas religiosas.

A cada pedra revelada, fica mais claro que o Peru não é apenas herdeiro dos incas, mas também de povos ancestrais que ajudaram a moldar a identidade cultural do continente.

PHILIPS Fone de Ouvido Sem Fio TWS

PHILIPS — Fone de Ouvido Sem Fio (TWS)

Conexão Bluetooth estável para música e podcasts sem interrupções. Autonomia de até 24 horas com o estojo de carga. Som equilibrado para o dia a dia.

  • Emparelhamento rápido
  • Chamadas com microfone integrado
  • Estojo compacto e leve
R$ 111,57 ou 3x de R$ 37,19 sem juros Promoção • Grande desconto
Comprar na Amazon *Preço e condições podem mudar a qualquer momento na Amazon.
altar 1

Para Cavero, a urgência agora vai além da pesquisa acadêmica. Ele fez um apelo direto ao Ministério da Cultura e à população local para que o sítio seja protegido de ameaças de deterioração. Segundo ele, Campanayuq Rumi precisa de um plano abrangente de valorização: proteção das estruturas, sinalização adequada, acessibilidade para visitantes e promoção responsável do turismo.

Afinal, preservar esse patrimônio não significa apenas conservar pedras milenares, mas também reforçar a identidade cultural da região e abrir caminho para oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável.

A pesquisa, financiada pelo governo do Japão por meio da Sociedade para a Promoção da Ciência, contou ainda com a participação de jovens estudantes de arqueologia e conservação da Universidade Nacional de San Marcos, da Universidade Nacional de San Cristóbal de Huamanga e da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP).

Para muitos desses futuros especialistas, a experiência de tocar, limpar e estudar pedras talhadas por mãos humanas há milhares de anos foi mais do que acadêmica: foi um mergulho na alma de seus próprios antepassados.

Smartphone Xiaomi Redmi Note 14 Midnight Black 8GB RAM 256GB

Smartphone Xiaomi Redmi Note 14 (8GB + 256GB) — Midnight Black

  • Marca: Xiaomi
  • Sistema: Android
  • RAM: 8 GB
  • Armazenamento: 256 GB
  • Tela: 6,67"
R$ 1.018,00 em até 12x de R$ 95,01 com juros Promoção • Grande desconto
Comprar na Amazon *Preço e condições sujeitos a alteração pela Amazon.
altar 3

Campanayuq Rumi, hoje, é muito mais do que um sítio arqueológico. É um convite para repensar o modo como compreendemos as origens da civilização andina. É também um alerta de que a memória do passado não se preserva sozinha — precisa de cuidado, investimento e consciência coletiva.

Se protegido e valorizado, o local poderá não apenas atrair turistas interessados na arqueologia, mas também se transformar em um símbolo de orgulho para Ayacucho e para todo o Peru.

Quando olhamos para aquelas escadarias que conduzem ao altar, não vemos apenas pedras antigas. Vemos degraus que atravessam séculos, conectando gerações e lembrando que, muito antes de impérios e conquistas, já havia povos que erguiam monumentos em nome de sua fé, sua cultura e sua visão de mundo. É essa herança que continua viva, esperando para ser contada — e preservada.

Rolar para cima
Copyright © Todos os direitos reservados.