Alguns alimentos ajudam a equilibrar o intestino e contribuem para a redução da gordura abdominal, aliando saúde metabólica e controle de peso.
A gordura localizada na região do abdômen, além da preocupação estética, representa um fator de risco para diversas doenças metabólicas.
Trata-se da chamada gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos internos e está associada ao aumento da resistência à insulina, diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares.
Diferentemente da gordura subcutânea, a visceral é mais resistente à eliminação. Entretanto, estudos mostram que hábitos alimentares equilibrados, com foco na saúde intestinal, podem ajudar significativamente a reduzir esse tipo de gordura.
Isso porque o intestino tem papel direto na regulação hormonal, no controle do apetite e na inflamação crônica de baixo grau.
A seguir, nutricionistas indicam alimentos que contribuem para um microbioma saudável e favorecem a diminuição da gordura visceral:
Tofu e miso
Produzidos a partir da fermentação da soja, esses alimentos são fontes naturais de probióticos que auxiliam na diversidade microbiana do intestino e promovem o equilíbrio da flora intestinal, favorecendo o metabolismo.
Leguminosas
Feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha fornecem fibras solúveis e insolúveis que alimentam as bactérias benéficas do intestino. A fermentação dessas fibras gera compostos que reduzem inflamações e aumentam o gasto energético.
Grãos integrais
Aveia, quinoa, arroz integral e cevada são ricos em prebióticos, que estimulam o crescimento das bactérias intestinais saudáveis. Um intestino em equilíbrio melhora a resposta do organismo à insulina e favorece a queima de gordura.
Bananas
Além de potássio, que ajuda no controle da pressão arterial, a banana contém inulina, uma fibra prebiótica que atua diretamente na regulação intestinal.
Amêndoas
Ricas em fibras, gorduras insaturadas e compostos antioxidantes, como os polifenóis, as amêndoas ajudam a controlar a glicemia, reduzem inflamações e aumentam a saciedade. Estudos apontam também melhora na diversidade da microbiota intestinal com o consumo regular.
Iogurte natural
Fontes de probióticos vivos, os iogurtes naturais sem adição de açúcar são aliados na manutenção da flora intestinal e podem ajudar a reduzir marcadores inflamatórios ligados à obesidade abdominal.
Chá verde
Rico em catequinas, compostos com ação antioxidante, o chá verde tem efeito termogênico leve, que pode auxiliar na queima de gordura corporal, inclusive a visceral, além de beneficiar a digestão.
Abacate
Fonte de gorduras monoinsaturadas e fibras, o abacate ajuda no controle do apetite e da glicose no sangue, além de ter ação anti-inflamatória, contribuindo indiretamente para a redução da gordura abdominal.
Sementes de chia e linhaça
Altamente ricas em fibras solúveis e em ácidos graxos ômega-3, essas sementes favorecem o trânsito intestinal e ajudam a reduzir inflamações sistêmicas, além de prolongarem a saciedade.
Kefir
Assim como o iogurte, o kefir é uma bebida fermentada rica em probióticos que promovem a saúde intestinal, fortalecem o sistema imunológico e podem contribuir para o equilíbrio hormonal e metabólico.
Maçã
Rica em pectina, uma fibra solúvel com efeito prebiótico, a maçã ajuda a regular o intestino e a reduzir o colesterol. Quando consumida com casca, seus efeitos são ainda mais expressivos.
Brócolis e vegetais crucíferos
Brócolis, couve-flor e repolho são vegetais ricos em compostos bioativos e fibras que contribuem para a desintoxicação hepática e a saúde digestiva, além de apresentarem potencial para reduzir inflamações.
Segundo nutricionistas, o consumo regular desses alimentos deve ser acompanhado de atividade física frequente, hidratação adequada e evitação de produtos ultraprocessados, como refrigerantes, embutidos e alimentos ricos em açúcar refinado. A combinação desses fatores ajuda a reduzir os estoques de gordura visceral de forma consistente e sustentável.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.