Alerta de sarampo intensifica prevenção e vacinação

Após a confirmação de oito casos de sarampo na província de Río Negro, Argentina, autoridades brasileiras emitiram um alerta de risco para intensificar a vigilância e as medidas de prevenção. A circulação de pessoas entre os dois países e a proximidade com áreas afetadas aumentam o risco de o vírus ser reintroduzido em território nacional, mesmo em regiões onde a doença não foi registrada recentemente.

O sarampo voltou a ser uma preocupação no Brasil, que chegou a conquistar a certificação de eliminação em 2016, mas perdeu o status em 2019 após uma nova onda de casos. De 2018 a 2022, a doença voltou a circular com força, especialmente em locais com baixa cobertura vacinal. Este ano, o país já registrou dois casos importados – um no Rio Grande do Sul, vindo do Paquistão, e outro em Minas Gerais, com origem na Inglaterra.

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Entre 2018 e 2019, o Brasil registrou mais de 21 mil casos de sarampo, mostrando como a falta de vacinação pode trazer de volta doenças erradicadas. Embora a situação tenha se estabilizado nos últimos anos, o alerta atual reforça a necessidade de manter a cobertura vacinal alta para impedir novos surtos.

No período entre 2019 e 2020, várias regiões do país enfrentaram surtos, resultando em milhares de casos. Desde então, o número de novos registros caiu significativamente, mas o vírus permanece uma ameaça, especialmente em áreas próximas a fronteiras e em cidades com grande circulação de pessoas.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa transmitida por gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou falar. O vírus pode permanecer ativo no ar por horas, facilitando a transmissão em ambientes fechados e com grande movimentação.

Os sintomas mais comuns incluem febre alta, tosse, coriza e conjuntivite. Alguns dias depois, surgem manchas vermelhas que começam no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se por todo o corpo. Em alguns casos, os pacientes também podem apresentar dor de cabeça, indisposição e diarreia.

A rápida transmissão do sarampo torna essencial o isolamento de quem apresenta sintomas para evitar a propagação da doença. Quem estiver infectado deve permanecer em isolamento por sete dias a partir do aparecimento das manchas no corpo.

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A vacinação é fundamental para evitar novos surtos de sarampo. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece duas vacinas: a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e a tetraviral, que inclui também a varicela.

O esquema vacinal recomendado inclui duas doses para pessoas de até 29 anos e uma dose única para adultos de 30 a 59 anos. Crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Já os profissionais de saúde precisam tomar duas doses, independentemente da idade.

Embora muitas regiões brasileiras tenham atingido a meta de 95% de cobertura vacinal para a primeira dose, é fundamental manter esse índice elevado para garantir a proteção coletiva e evitar novos casos da doença.

Para evitar a disseminação do sarampo, é essencial que qualquer caso suspeito seja notificado imediatamente às autoridades de saúde. Assim, é possível iniciar a investigação e identificar contatos próximos, adotando medidas de bloqueio e prevenção.

O envolvimento de equipes municipais e estaduais é fundamental para que as ações sejam rápidas e eficazes. Além disso, campanhas educativas sobre a importância da vacinação e da notificação de casos ajudam a sensibilizar a população e evitar a disseminação do vírus.

Diante do alerta, é importante que a população esteja atenta e siga algumas recomendações básicas para evitar a propagação do sarampo:

  • Verificar se todas as doses da vacina estão em dia e atualizadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de febre ou manchas pelo corpo.
  • Procurar atendimento médico imediato ao identificar sinais suspeitos de sarampo.
  • Informar casos suspeitos às unidades de saúde para que possam ser investigados rapidamente.

Essas medidas são essenciais para evitar a reintrodução do sarampo e proteger a comunidade de possíveis surtos.