Morte de adolescente na Inglaterra após inalar desodorante levanta alerta sobre desafios perigosos da internet e pressiona por maior conscientização e regras.
A morte da adolescente britânica Tiegan Jarman, de 13 anos, ocorrida em Thurmaston, Leicestershire, no Reino Unido, chamou a atenção de autoridades e familiares para os riscos de desafios difundidos nas redes sociais. A jovem foi encontrada inconsciente em seu quarto em 6 de março, após inalar substâncias tóxicas provenientes de desodorante. Apesar das tentativas de socorro, não resistiu. A prática está relacionada a um comportamento identificado como “chroming”, que consiste em inalar vapores de produtos de uso doméstico em busca de efeitos imediatos no organismo.
Segundo o padrasto, Rob Hopkin, não é possível afirmar se a jovem já havia repetido o comportamento anteriormente, mas ele confirmou que ao menos uma lata de desodorante foi utilizada no dia do incidente. Ele argumenta que as plataformas digitais atuam no controle de determinados conteúdos, mas não têm demonstrado o mesmo rigor em desafios que podem resultar em morte instantânea. O pai, Paul Jarman, afirmou que a filha era descrita como carinhosa, espontânea e alegre, e lamentou o impacto emocional da tragédia na família.
Diante do ocorrido, a irmã de Tiegan, Alisha, iniciou uma petição no site Change.org pedindo a inclusão de alertas visíveis em produtos como desodorantes e solventes, especificando os riscos da inalação. O documento também solicita que as escolas incluam o tema de forma mais direta na educação preventiva sobre o uso das redes sociais. A iniciativa pretende ampliar a discussão e pressionar por medidas que ajudem a evitar casos semelhantes, reforçando que o problema exige orientação contínua e supervisão responsável.
A família afirma que o objetivo é conscientizar pais, jovens e instituições sobre a gravidade de práticas disseminadas online, que ganham visibilidade sem avaliação de impacto e sem mecanismos efetivos de bloqueio. O caso reacendeu o debate sobre responsabilidade digital, fiscalização de tendências e necessidade de educação preventiva que acompanhe a dinâmica acelerada das plataformas. A pretensão dos familiares é transformar a perda em instrumento de alerta para evitar novas fatalidades associadas a práticas que, embora pareçam inofensivas, expõem adolescentes a danos imediatos e irreversíveis.

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