Carlo Acutis morreu aos 15 anos em 2006 e teve milagres reconhecidos no Brasil e na Itália antes de ser declarado santo pelo Vaticano.
O Vaticano expôs nesta quinta-feira (4), na Basílica de São Pedro, a imagem de Carlo Acutis, o beato ítalo-britânico que será canonizado no próximo domingo (7) pelo papa Leão XIV. A cerimônia marcará a oficialização do primeiro santo millennial da Igreja Católica, em um evento histórico para os fiéis em todo o mundo.
Acutis nasceu em 1991, em Londres, e cresceu em Milão. Desde criança era devoto da Virgem Maria, participava diariamente da missa e do rosário, mas ao mesmo tempo levava uma vida comum de adolescente: estudava, jogava videogame, usava jeans e tinha muitos amigos. Apaixonado por tecnologia, criou um site para catalogar milagres e aparições marianas, o que lhe rendeu o apelido de “padroeiro da internet”.
Diagnosticado com leucemia fulminante, morreu aos 15 anos, em 12 de outubro de 2006, data de Nossa Senhora Aparecida. Sua fama de santidade cresceu rapidamente. O primeiro milagre reconhecido pelo Vaticano ocorreu em Campo Grande (MS), em 2010, quando um menino de três anos, diagnosticado com uma rara doença no pâncreas, foi curado após tocar uma relíquia de Acutis. Um segundo milagre foi confirmado em 2024.


A canonização será presidida por Leão XIV e incluirá também Pier Giorgio Frassati, jovem italiano que morreu em 1925 aos 24 anos, vítima de poliomielite, conhecido por sua caridade e devoção. O Vaticano anunciou ainda a emissão de um selo comemorativo em homenagem a Carlo Acutis, com uma foto do jovem em excursão ao Monte Subasio, local associado à memória franciscana.
A mãe do beato, Antonia Salzano, afirmou em entrevista que a força do filho estava em viver a fé no cotidiano: “Carlo era um menino comum, mas colocou Jesus em primeiro lugar. Ele queria mostrar ao mundo que existe uma vida além desta e que somos apenas peregrinos.”
Beatificado em 2020, Carlo Acutis atrai devotos em diferentes países e já tem paróquias dedicadas a seu nome, incluindo a de Santo Amaro, em São Paulo. Sua canonização é vista como um marco para a juventude católica, que se reconhece na figura de um santo próximo da realidade dos jovens do século XXI.


Fonte: G1
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