Acidentes com motoristas alcoolizados voltam a crescer no Paraná e acendem alerta sobre a gravidade das colisões

Acidentes com motoristas alcoolizados disparam no Paraná e mortes aumentam mais de 70% em 2025

Acidentes envolvendo motoristas alcoolizados aumentam a gravidade nas rodovias do Paraná e elevam em mais de 70% o número de mortes, segundo dados da PRF.

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Um levantamento recente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que o Paraná registrou um aumento expressivo nas mortes em acidentes de trânsito envolvendo ao menos um motorista alcoolizado. Entre janeiro e outubro deste ano, foram 63 óbitos, contra 37 registrados no mesmo período do ano anterior — um crescimento superior a 70%. O número inclui apenas vítimas que morreram no local, sem contabilizar pessoas que faleceram durante o resgate ou após internação hospitalar.

Apesar do avanço nas fatalidades, o total de acidentes e feridos apresentou queda. As colisões diminuíram de 587 para 559 e o número de pessoas machucadas caiu de 532 para 482. Para a PRF, os dados indicam que o problema não está na quantidade de motoristas embriagados ao volante, mas na gravidade dos sinistros, geralmente associados a excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e perda de percepção causada pelo consumo de álcool.

Finais de semana concentram mais de 70% das mortes

Segundo a PRF, a maioria dos acidentes fatais envolvendo motoristas alcoolizados ocorreu aos sábados e domingos. A corporação afirma que, nesses dias, intensifica as ações de fiscalização nas rodovias federais, convocando efetivo extra e remanejando servidores administrativos para reforçar o combate à embriaguez ao volante.

Em 2025, mais de 210 mil testes de alcoolemia foram realizados no estado. Como resultado, mais de 3.700 condutores foram autuados por dirigirem sob efeito de álcool ou por recusarem o teste. Entre eles, 244 se enquadraram nos critérios de crime de trânsito e foram encaminhados à Justiça. A PRF reforça que os números mostram tanto o rigor da fiscalização quanto a persistência do comportamento de risco.

Fiscalização rigorosa e responsabilidade social

Para o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira, o enfrentamento à embriaguez ao volante precisa ir além da ação policial. Ele afirma que a condenação moral dentro da sociedade é fundamental para coibir comportamentos que continuam causando tragédias. Segundo Oliveira, muitos motoristas ainda calculam racionalmente o risco de serem abordados e contam com a complacência de familiares e amigos. Ele destaca que o rigor da lei é apenas o primeiro passo e que mudanças duradouras exigem pressão social, educação e responsabilização.

Dirigir sob influência de álcool é uma infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70 e suspensão da CNH por 12 meses. Quando o teste aponta 0,3 mg ou mais de álcool por litro de ar alveolar — ou quando sinais claros de alteração psicomotora são identificados — a conduta passa a ser crime de trânsito, com pena de seis meses a três anos de detenção, além da suspensão ou proibição de obter habilitação.

Acidentes envolvendo motoristas alcoolizados aumentam a gravidade nas rodovias do Paraná e elevam em mais de 70% o número de mortes, segundo dados da PRF.
Foto: PRF

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