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A origem do Setembro Amarelo, do luto à esperança

A origem do Setembro Amarelo está na história real de Mike Emme e seu Mustang amarelo, transformados em símbolo mundial de prevenção ao suicídio

A origem do Setembro Amarelo está na história real de Mike Emme e seu Mustang amarelo, transformados em símbolo mundial de prevenção ao suicídio

Em 1994, nos Estados Unidos, um jovem chamado Mike Emme, de apenas 17 anos, apaixonado por mecânica, dedicou meses da sua vida a restaurar um Mustang 1968. Cada peça, cada detalhe e, sobretudo, a pintura amarela brilhante refletiam sua personalidade vibrante. O carro se tornou um símbolo de conquista e liberdade, um retrato de sua juventude.

Mas, em setembro daquele ano, a história tomou um rumo inesperado. Apesar do sorriso fácil e do talento reconhecido, Mike enfrentava uma batalha silenciosa contra a dor emocional. Incapaz de pedir ajuda, ele tirou a própria vida dentro do carro que tanto amava. O choque abalou a pequena comunidade onde vivia.

No velório, em gesto de solidariedade, seus pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio a pessoas que pudessem estar em sofrimento. A ideia era simples: mostrar que ninguém precisa enfrentar a dor sozinho. O movimento ganhou força, atravessou fronteiras e, com o tempo, o amarelo do Mustang se transformou no laço amarelo, símbolo mundial da prevenção ao suicídio.

A origem do Setembro Amarelo está na história real de Mike Emme e seu Mustang amarelo, transformados em símbolo mundial de prevenção ao suicídio

No Brasil, o Setembro Amarelo foi instituído oficialmente em 2015, unindo a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina. Desde então, prédios são iluminados, ruas recebem laços e milhões de vozes se unem para falar de um tema muitas vezes silenciado: a saúde mental.

Mais do que uma cor, o amarelo se tornou um chamado. Ele grita atenção, mas também oferece acolhimento e esperança. Assim como os amigos de Mike quiseram estender a mão a outros jovens, o Setembro Amarelo nos lembra que uma conversa pode salvar uma vida, que um gesto de cuidado pode abrir caminhos.

Se você ou alguém próximo enfrenta momentos difíceis, saiba: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é ato de coragem. O Mustang Amarelo de Mike virou lembrança de dor, mas também se tornou bandeira de vida. O laço que nasceu daquela perda hoje é convite para escolher continuar, juntos, iluminados pela cor que simboliza esperança.

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