A figura misteriosa conhecida como “O Homem da Máscara de Ferro” tem fascinado historiadores e o público por séculos. Este artigo explora as origens, a vida e as teorias que cercam esse enigmático personagem, desvendando os mistérios de uma das mais intrigantes lendas da história francesa.
O prisioneiro mascarado
No século XVII, um prisioneiro conhecido como L’Homme au Masque de Fer, ou “O Homem da Máscara de Ferro”, foi mantido cativo sob estritas condições. A primeira menção a este prisioneiro data de 1669, em uma carta do Marquês de Louvois a Bénigne Dauvergne de Saint-Mars, governador da prisão de Pignerol. A identidade do prisioneiro, conhecido como Eustache Dauger, permaneceu um mistério, assim como as circunstâncias que levaram à sua prisão e ao uso de uma máscara, que acredita-se ser, inicialmente, de veludo preto, não ferro.
Dauger foi detido em condições excepcionais, com instruções para que sua cela tivesse múltiplas portas, impedindo que suas conversas fossem ouvidas. Curiosamente, ele serviu como valete de outro prisioneiro, Nicolas Fouquet, sugerindo uma posição social inferior, contradizendo teorias que o ligam à realeza.
Teorias e especulações
A verdadeira identidade de Dauger e a razão de sua prisão provocaram inúmeras teorias. Algumas sugerem que ele era um membro ilegítimo da realeza francesa, enquanto outras apontam para figuras históricas específicas.
Uma das teorias mais populares, imortalizada por Alexandre Dumas em “O Visconde de Bragelonne”, sugere que o Homem da Máscara de Ferro era um irmão gêmeo de Luís XIV. Outra teoria sugere que ele era filho ilegítimo de Ana da Áustria e do Cardeal Mazarin.