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Inscrições para a Prova Nacional Docente terminam nesta sexta, 25 de julho

Professores têm até 25 de julho para se inscrever na primeira edição da Prova Nacional Docente (PND). Saiba quem pode participar, como funciona e onde se inscrever.

Inspirada no modelo do Concurso Nacional Unificado (CNU), a Prova Nacional Docente (PND) surge como um marco na forma de selecionar profissionais para o magistério público. A proposta é unificar critérios e promover mais equidade nas contratações em redes estaduais e municipais de ensino.

Com inscrições abertas até esta sexta-feira, dia 25 de julho, a avaliação já está sendo apelidada de “Enem dos professores”, e não é à toa: seu alcance nacional, formato estruturado e aplicação coordenada pelo Inep colocam o exame como peça-chave em futuros concursos educacionais. Os interessados devem se inscrever exclusivamente no site https://pnd.inep.gov.br/pnd/, mediante pagamento de uma taxa de R$ 85 — com prazo até 31 de julho.

A adesão ao exame já contempla 22 estados e mais de 1.500 municípios, o que representa mais de 80% das redes públicas de ensino do país. A prova será aplicada no dia 26 de outubro e utilizará a mesma matriz teórica do Enade Licenciaturas, valorizando conteúdos voltados à prática docente e à formação pedagógica.

O resultado final está previsto para 10 de dezembro, e servirá como base para bancos de dados estaduais e municipais que pretendem utilizar a nota como critério de seleção — seja de forma exclusiva ou em conjunto com etapas como análise de títulos e provas práticas.

O público-alvo da PND são os professores licenciados que desejam atuar na educação básica pública. A avaliação é aberta a qualquer candidato que possua diploma de licenciatura em qualquer área. Além disso, estudantes que estejam concluindo a graduação em 2025 e estejam inscritos no Enade poderão participar, desde que tenham solicitado isenção dentro do prazo estipulado. Também estão isentos da taxa de inscrição os candidatos inscritos no CadÚnico e os doadores de medula óssea, conforme previsto em edital.

Mais do que um novo modelo avaliativo, a PND representa uma tentativa de racionalizar os processos seletivos em um país onde concursos para a área da educação costumam ser descentralizados, dispendiosos e desiguais. Com a criação de um sistema padronizado, as redes de ensino poderão economizar recursos e ampliar a base de candidatos qualificados, garantindo um processo mais transparente e meritocrático.

A expectativa, segundo o Ministério da Educação, é que a PND funcione como um instrumento de política pública a longo prazo, servindo tanto como referência técnica para os concursos, quanto como indicador nacional de formação docente.

Ao adotar a matriz teórica do Enade e avaliar competências específicas da atuação em sala de aula, o exame contribui para uma visão mais abrangente do perfil profissional desejado para a educação pública brasileira.

Por fim, ao consolidar um modelo similar ao do “Enem”, a Prova Nacional Docente também cria um novo paradigma para o ingresso na carreira pública de professor. A padronização, aliada à possibilidade de aproveitamento da nota em diferentes concursos, pode facilitar o ingresso na profissão para novos docentes e valorizar a carreira ao exigir uma base comum de conhecimento.

O desafio está lançado — e o prazo, correndo. Para quem deseja atuar na rede pública e buscar estabilidade profissional, a hora é agora.

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