As 7 obras magnas da literatura universal que todo mundo deveria ler ao menos uma vez

A gente vive em busca de algo que dê sentido para algumas coisas, um proposito, algo físico como um livro, ou um objeto, que ilumine o caminho da nossa vida.

Com a pandemia, que muitos já esqueceram, mas pela qual perdemos muitas vidas, as pessoas entenderam a importância de alguns conceitos, como entender o outro, dar valor para as pequenas coisas e saber que a vida é curta, por mais tempo que você vida.

Quando olhamos uma pessoa que já tem 100 anos, pensamos: Nossa, como ela viveu bastante! – Mas para essa pessoa, na verdade, a vida foi curta e talvez gostaria de ter tido mais tempo para conquistar alguns sonhos ainda, talvez fazer uma viagem, talvez ler algum livro, talvez ler os 100 livros essenciais da literatura universal.

Ler é uma forma de viajar sem sair do lugar e mergulhar em mundos e reflexões que moldaram a história da humanidade. A literatura é uma das formas mais puras de arte e pensamento, capaz de atravessar eras e fronteiras.

Em meio a tantas produções literárias ao longo dos séculos, algumas obras se destacam por sua profundidade, impacto e influência. São livros que não apenas representam seu tempo, mas transcendem épocas, oferecendo lições e reflexões que seguem atuais.

Nesta seleção, apresentamos as sete obras magnas da literatura universal, essenciais para quem deseja compreender melhor o mundo e a si mesmo.

A Ilíada

Homero, no século VIII a.C., presenteou o mundo com uma das histórias mais antigas e icônicas da literatura, “A Ilíada”.

O épico narra a Guerra de Troia, mas vai além dos campos de batalha, abordando o orgulho, a vingança e a honra. Os personagens, como Aquiles e Heitor, são retratados em sua grandeza e fragilidade, refletindo a complexidade da condição humana.

Com uma narrativa rica e envolvente, “A Ilíada” influenciou incontáveis obras posteriores, sendo um marco literário e filosófico até hoje.

Ao ler “A Ilíada”, somos levados a refletir sobre as consequências das nossas escolhas e o legado que queremos deixar para o mundo.

A Divina Comédia

O grande autor italiano Dante Alighieri, no século XIV, deu vida a um dos maiores poemas já escritos: “A Divina Comédia”, uma obra que combina poesia, filosofia e teologia, conduzindo o leitor por uma jornada do Inferno ao Paraíso.

Além da riqueza simbólica e do poder narrativo, o texto de Dante é uma reflexão profunda sobre escolhas, redenção e o destino humano. A obra não apenas marcou a transição do mundo medieval para o Renascimento, mas também continua sendo estudada e admirada em todo o mundo.

Por quê ler A Divina Comédia? Ao embarcar nessa leitura, o leitor é desafiado a olhar para suas próprias imperfeições e buscar um caminho de autoconhecimento.

Dom Quixote

O espanhol Miguel de Cervantes, em 1605, criou um dos personagens mais fascinantes e complexos da literatura, Dom Quixote de la Mancha.

A história do cavaleiro que luta contra moinhos de vento é mais do que uma sátira dos romances de cavalaria. É uma reflexão sobre o idealismo, a loucura e a busca incessante por significado em um mundo desencantado.

Com uma narrativa envolvente e personagens memoráveis, “Dom Quixote” se consolidou como um dos pilares da literatura moderna.

“Dom Quixote” nos ensina que, mesmo em um mundo pragmático, é essencial preservar a capacidade de sonhar e acreditar em ideais, por mais inalcançáveis que pareçam. Esta leitura nos inspira a seguir nossos propósitos, independentemente das adversidades.

Hamlet

Entre as muitas peças que William Shakespeare escreveu, “Hamlet” se destaca como a mais complexa e profunda. A tragédia do príncipe dinamarquês, que busca vingança pela morte do pai, é uma reflexão sobre dúvida, culpa e a inevitabilidade da morte.

O inglês Shakespeare capturou, com maestria, as nuances da mente humana e as ambiguidades da vida, fazendo de “Hamlet” uma obra atemporal, que segue relevante em todas as épocas e culturas.

A leitura de “Hamlet” nos faz questionar a nossa essência, convidando-nos a confrontar dilemas como vingança, justiça e a inevitabilidade da morte.

Guerra e Paz

Agora temos um russo. O mestre Liev Tolstói, em 1869, entregou ao mundo “Guerra e Paz”, uma das narrativas mais grandiosas e ambiciosas da literatura.

O livro acompanha as vidas de diversas famílias durante a invasão napoleônica na Rússia, misturando personagens fictícios e históricos.

Com uma prosa elegante e reflexões filosóficas sobre amor, guerra e destino, Tolstói criou uma obra que vai além do entretenimento, oferecendo um retrato profundo da alma humana e das transformações sociais.

A obra é uma combinação magistral de história e ficção, mostrando que a existência humana é marcada por momentos de conflito e harmonia. Ao ler este livro, compreendemos que a vida é um equilíbrio constante entre os altos e baixos, e que a resiliência é essencial para seguir em frente.

1984

George Orwell, em 1949, antecipou muitos dos desafios que a sociedade moderna enfrenta com “1984”.

A narrativa, ambientada em um regime totalitário que controla cada aspecto da vida dos cidadãos, é uma crítica poderosa à vigilância e à manipulação.

O conceito de “Big Brother” se tornou parte do vocabulário popular, e a obra segue como um alerta contra a perda das liberdades individuais e os perigos do autoritarismo.

A obra continua atual, especialmente em tempos de discussões sobre privacidade e liberdade. Ler “1984” nos faz refletir sobre a importância de defender nossos direitos e questionar estruturas de poder que ameaçam a autonomia individual.

O Apanhador no Campo de Centeio

Escrito por J.D. Salinger e publicado em 1951, “O Apanhador no Campo de Centeio” tornou-se um clássico da literatura jovem. A história de Holden Caulfield, um adolescente em crise existencial, aborda questões como alienação, solidão e o processo de amadurecimento.

O livro ressoou profundamente com leitores de várias gerações, capturando a essência da juventude e suas inquietações.

É uma leitura que convida o leitor a revisitar suas próprias experiências de crescimento e a refletir sobre como as inquietações da juventude moldam quem somos.

Essas sete obras magnas da literatura universal não apenas marcaram a história da escrita, mas também moldaram o pensamento de diversas gerações.

São livros que merecem ser lidos e revisitados, pois oferecem novas perspectivas a cada leitura. Com temas que vão da busca por significado à crítica social, essas histórias continuam a inspirar e provocar reflexões, comprovando que a boa literatura é, de fato, atemporal.