Uma boa campanha seria capaz de trazer tranquilidade a Dorival Júnior neste início de trabalho à frente do Brasil. Seria. Na noite deste sábado (6), em Las Vegas, a Seleção Brasileira perdeu para o Uruguai nos pênaltis, por 4 a 2, após empate em 0 a 0 no tempo normal, e deu adeus ao sonho do título da Copa América.
Forçado a mudar a escalação por conta da suspensão de Vinicius Júnior, o técnico Dorival Júnior optou pela entrada de Endrick, com Rodrygo posicionado mais à esquerda do setor ofensivo. Guilherme Arana também foi novidade. No lado rival, Marcelo Bielsa manteve a formação responsável pelos 100% de aproveitamento na fase de grupos, com Rochet, do Inter, no gol, De La Cruz, do Flamengo, no meio-campo, e destaque para Darwin Núñez, do Liverpool, no comando de ataque.
A Celeste de Bielsa é diferente. Gosta de manter a posse de bola e marcar alto. Assim, tentou se impor desde os minutos iniciais, especialmente com lançamentos para Darwin Núñez. Com os brasileiros acuados, os uruguaios insistiram na bola aérea, sem efetividade.
Na primeira meia hora, o lance mais perigoso foi brasileiro. Aos 27, Viña recuou mal. A bola sobrou para Endrick que, em vez de chutar, decidiu escorar para Raphinha. O atacante gaúcho, no entanto, chegou depois de Nández e não conseguiu a finalização. Minutos depois, Ronald Araújo, com dores musculares, deu lugar ao experiente Giménez.
Mesmo com o baque, o Uruguai foi ao ataque e teve uma grande oportunidade. Aos 34, o cruzamento da direita encontrou Núñez livre, entre Danilo e Militão. Por sorte, o cabeceio foi para fora. Na sequência, veio a resposta. Alisson chutou. Lucas Paquetá desviou de forma despretensiosa. Sobrou para Raphinha, que avançou em velocidade e bateu forte. Rochet, bem posicionado, salvou.
Finalmente, a partida parecia tomar ares de eliminatória. Era ilusão. O forte calor do oeste americano parece ter feito com que as duas equipes se preocupassem em guardar o fôlego para o segundo tempo. Certo mesmo é que os primeiros 45 minutos ficaram aquém de um clássico com tanta história.
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Segundo tempo
Mesmo após o intervalo, pouca coisa mudou. As duas seleções seguiram exagerando nas faltas e nos erros de passes. As duas defesas pareciam intransponíveis, enquanto os ataques careciam de inspiração.
Aos 25, um lance capaz de mudar o roteiro da partida. Rodrygo foi para cima e sofreu falta forte de Nández. O árbitro marcou falta e deu cartão amarelo. Chamado pelo VAR, decidiu pela expulsão quatro minutos depois. Com um a mais, Dorival fez três substituições, colocando Douglas Luiz, Andreas Pereira e Savinho nos lugares de João Gomes, Paquetá e Raphinha.
O Brasil foi para cima, enquanto o Uruguai queria que o tempo passasse. Gabriel Martinelli e Evanílson também foram chamados. Bruno Guimarães e Rodrygo saíram. Foram 24 minutos com superioridade numérica. Mesmo assim, o Brasil não foi capaz de superar o sistema defensivo uruguaio.
PênaltisNa Copa América, prorrogação só na decisão. Nas cobranças, Andreas Pereira e Martinelli fizeram para o Brasil. Porém, Militão parou em Rochet, enquanto Douglas Luiz mandou na trave. Pelo Uruguai, Valverde, Bentancur, Arrascaeta e Ugarte fizeram e classificaram a Celeste para a semifinal.
Próximo jogo
Quinta-feira, 5/9 — Horário a definir
Brasil x Equador
Local a definir — Eliminatórias (7ª rodada)
Fonte: Gaúcha ZH